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Organizações poderão receber até 1.024 endereços IP. Foto: flickr.com/k-peters
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.Br) em conjunto com o Registro de Endereçamento da Internet para a América Latina e o Caribe (Lacnic) anunciou que o estoque de endereços IPv4 esgotou na América Latina.
O anúncio foi realizado nessa terça-feira, 10, o que representa o início da fase de “terminação gradual”, após mais de duas décadas de alocações de endereços IPv4 no país.
Demi Getschko, diretor-presidente do NIC.br, ressalta que as políticas de distribuição de IPs no Brasil sempre foram consonantes às adotadas internacionalmente e na região.
“A partir do momento em que o estoque IPv4 chegou perto do esgotamento na região, adotou-se um estoque único. Com isso, houve aumento da transparência na atribuição de recursos. Quando o estoque da região termina, o estoque do Brasil também chega ao fim”, relata.
A partir deste momento, organizações no Brasil poderão receber, no máximo, 1.024 endereços IP (equivalente a um prefixo /22) a cada seis meses, mesmo que justifiquem a necessidade de blocos maiores.
Para esse processo de terminação gradual foi reservado o equivalente a dois milhões de endereços IPv4 através de uma política proposta e aprovada pela própria comunidade Internet.
Uma vez acabado este estoque, existirão ainda dois milhões de endereços IPv4 que serão distribuídos somente para novos solicitantes, limitados a uma única alocação por solicitante de, no máximo, 1.024 endereços.
O estoque de endereços IP é um recurso finito, limitado a quatro bilhões de endereços na versão 4, e o crescimento de usuários e serviços na Internet implicou naturalmente em um consumo mais rápido desses recursos, mesmo com todas as medidas técnicas paliativas adotadas desde 1996.
A solução para o contínuo crescimento da rede é o uso do protocolo IP na versão 6 (IPv6), que tem um enorme espaço de endereçamento, de tamanho adequado para atender por muito tempo as necessidades futuras da Internet.
Atualmente, no Brasil, 68% das organizações que fazem parte da Internet como Sistemas Autônomos já se conscientizaram e alocaram seus blocos para IPv6.