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Cristina Palmaka.
O Instituto de Resseguros do Brasil (IRB-Brasil) é o segundo cliente no Brasil do SAP S/4Hana, última versão do sistema de gestão da multinacional alemã, lançado oficialmente no começo de fevereiro.
De acordo com a presidente da SAP Brasil, Cristina Palmaka, outros cinco contratos já foram fechados e devem ser divulgados em breve. O projeto do IRB será implementado pela Fusion, consultoria gaúcha que nos últimos anos assumiu a sustentação do ERP da SAP e implentou o Ariba na empresa.
O primeiro foi com o Ceitec, estatal federal do segmento de semicondutores. O centro, instalado em Porto Alegre, foi também o primeiro cliente de setor público em nível mundial do SAP S/4Hana. Tanto o Ceitec como o IRB rodam a solução on premise, dentro da sua infraestrutura.
“Apesar do momento econômico complicado, o S/4Hana é uma boa proposta de valor tanto se pensado pelas possibilidades de cortar custos com uso de informação em tempo real como de gerar novas possibilidades de negócio”, acredita a presidente da SAP Brasil.
Cristina não dá pistas de quem são os novos clientes, apenas que um deles é um parceiro da multinacional (este repórter jogaria na Sonda ou T-Systems, que provavelmente estão testando o produto para ser oferecido nos seus data centers).
Ao longo dos últimos anos, a empresa implementou os módulos de gerencia de resseguros (o seu negócio principal) e gestão de cobranças e desembolsos. Agora, a empresa implementará o SAP Simple Finance, uma solução da linha SAP S/4Hana.
Atualmente, existem 110 empresas de resseguro no país, embora o IRB-Brasil ainda detenha a maior fatia do mercado.
No ano ado, o IRB-Brasil recebeu R$ 2,8 bilhões em prêmios emitidos e teve lucro de R$ 293,4 milhões.
Segundo Valsoir Tronchin, vice-presidente de vendas de inovação, o IRB já rodava algumas funcionalidades analíticas sobre o Hana e optou por migrar todo o seu ERP para o banco de dados em memória da SAP, trocando no processo o hardware de “outro fornecedor”.
Esse tipo de decisão é música nos ouvidos da SAP. O S/4 (em caso que você esteja se perguntando, S vem depois de R e 4, bem, depois de 3, a sigla do já histórico R/3) é a aposta definitiva dos alemães para entrar no mercado de banco de dados.
Com o S/4, o ERP da SAP rodará exclusivamente sobre hardware da própria companhia. O processo de migração será longo - o e a outros bancos de dados é prometido até 2025 - mas ele já começou.
* Maurício Renner cobre o SAP Fórum 2015 em São Paulo a convite da SAP.