
Porque que eu fui pedir aqueles R$ 600? Foto: Pexels.
O Itaú demitiu 50 funcionários que solicitaram de forma indevida o auxílio emergencial pago pelo governo federal durante a pandemia do novo coronavírus.
O anúncio foi feito em comunicado interno divulgado nesta quarta-feira, 03, e confirmado pelo banco ao Valor Econômico.
Os funcionários cometeram fraude ao pedir o auxílio, uma vez que pessoas com emprego formal não se enquadram.
Na nota, o Itaú disse que a fraude dos funcionários “fere os interesses gerais e coloca em risco a reputação do banco”.
As 50 demissões são uma cifra pequena dentro do universo total de demissões do Itaú, que no ano ado cortou 5.454 funcionários do quadro, e ainda menor dentro do total de colaboradores, que fica em 95 mil.
Mas, se a moda pega, muitas pessoas podem acabar perdendo o emprego por tentar embolsar o meio salário mínimo (R$ 550) mensal distribuído mais ou menos a rodo pelo governo federal no ano ado.
O Tribunal de Contas da União divulgou, em novembro do ano ado, uma estimativa de que os pagamentos do auxílio emergencial a pessoas fora do público-alvo somavam R$ 29 bilhões.
O valor total de fraudes no auxílio é estimado em R$ 54,7 bilhões, em um programa que custou ao governo R$ 322 bilhões.
Somente R$ 274,7 milhões (0,5% do total) foram recuperados até o momento. Um total de 228,5 mil pessoas devolveu o auxílio, temendo punições.
Brasília está debatendo no momento uma segunda rodada do auxílio emergencial, com valores que devem ficar em R$ 250 ou em pagamentos variáveis de R$ 125, R$ 150 ou R$ 175.
Quem sabe agora os 50 funcionários do Itaú farão juz à ajuda.