JumpCorp e PUC-Campinas lançam laboratório de AIoT 4nw6l

A JumpCorp, empresa que oferece tecnologias de IA e IoT para controle e monitoramento de negócios, e o Mescla, hub de inovação da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), acabam de criar o AIot Lab Brasil, iniciativa que tem como foco impulsionar o desenvolvimento de soluções de inteligência artificial e Internet das Coisas no município.

O novo espaço conta com três laboratórios unificados dentro do campus da universidade e busca desenvolver projetos de pesquisa a partir de demandas reais do mercado, para que as tecnologias criadas por alunos que serão profissionalmente capacitados pela iniciativa possam ser aplicadas às empresas filiadas e fundadas pelo Mescla.

Diante disso, a combinação de IA e IoT propicia a criação de soluções em que a inteligência artificial capacita dispositivos de Internet das Coisas para que estes possam tomar decisões mais inteligentes e rápidas, a partir da análise de grandes volumes de dados em tempo real.

Com foco inicial sobre os setores de saúde, agronegócio, cidades inteligentes e meio ambiente, o objetivo é que as tecnologias sejam criadas juntamente a empresas parceiras, entre elas American Tower, Constanta, Everynet, Khomp, Nokia, Qualcomm, Semtech e  TIP Telecom. 

Fazem parte da iniciativa também a AWS Academy e a Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc).

A diretoria do projeto é dividida entre a PUC-Campinas e a JumpCorp, esta última responsável por recrutar as empresas parceiras no segundo semestre do ano ado, diante de reuniões e visitas realizadas semanalmente.

“Buscamos empresas que estivessem posicionadas em determinadas fases do ecossistema de IA e IoT. Por isso, convidamos companhias que são fabricantes, que provêm conectividade e que possuem posicionamento institucional. A Jump trouxe isso de muitos anos de relacionamento”, revela José Luiz Pelosini, CEO da JumpCorp.

As companhias irão compor um conselho istrativo, além de fornecer conteúdo, conhecimento, equipamentos e conectividade para o laboratório. 

Dentre os recursos, estão dispositivos modernos, como sensores de monitoramento, que ficam conectados a uma plataforma que coleta informações e trata e processa dados.

Nesse cenário, as empresas também irão oferecer trilhas de capacitação ao corpo técnico, a partir de unidades intercaladas por oficinas e workshops com atividades hands-on.

A universidade, por sua vez, fornecerá servidores físicos para o processamento de inteligência artificial e redes neurais.

“Sabemos o potencial enorme que a universidade tem e sabemos da força de Campinas. Trabalhamos com um modelo de construção e gestão compartilhada, trazendo as empresas para dentro da universidade, de encontro com a missão do Mescla de transformar conhecimento em soluções e inovações”, pontua Diane Teo de Moraes, gerente do Mescla.

Segundo Germano Rigacci Júnior, reitor da PUC-Campinas, ao estar presente em um importante polo na vanguarda da tecnologia, a universidade terá a oportunidade de ampliar sua interação com as empresas, promovendo vivência para complementar a formação de seus estudantes e pesquisadores. 

“É um importante marco, uma vez que falamos de uma área estratégica para o desenvolvimento e competitividade do país e de tecnologias vitais para a transformação digital que impacta a sociedade”, diz.

Apesar de não contar com aporte financeiro por parte de seus parceiros corporativos, os projetos desenvolvidos no laboratório poderão captar recursos junto a diferentes programas de incentivo e subsídio à inovação tecnológica.

A partir do segundo semestre deste ano, o conselho da empresa abrirá um edital para receber novas empresas em sua composição. Já no ano que vem, a ideia é expandir o projeto para outras universidades, conferindo caráter regional e, eventualmente, nacional ao AIoT Lab.

“Ficamos ansiosos para acompanhar como o laboratório vai interagir com o sistema paulista de ambientes de inovação, tendo uma plataforma tão importante como a IoT aplicada em pesquisas voltadas para a demanda de empresas”, complementa Levi Pompermayer Machado, coordenador de ciência, tecnologia e inovação de São Paulo, presente na cerimônia.

Com sede em Campinas, a JumpCorp foi fundada em 2023 e atua no setor B2B, com foco na indústria 4.0, utilities, facilities e agronegócio.

Além das soluções baseadas em AIoT, a companhia oferece um leque de serviços composto de FOG computing, cibersegurança, outsourcing de TI e serviços de telecom.

Já o Mescla, da PUC-Campinas, foi criado em 2020 com o objetivo de fomentar o empreendedorismo e o pensamento inovador na universidade. Seu principal espaço fica no campus I da instituição, reunindo laboratórios, equipamentos e profissionais que podem ajudar no processo de transformação de uma ideia em uma empresa.

Outros dois espaços foram criados nos anos seguintes, um no Centro Gastronômico do Campus I e outro no Campus II, especialmente voltado para projetos na área de saúde.