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Ataque afetou outros sites importantes do governo (Foto: Depositphotos)
O sistema judicial colombiano saiu do ar nesta quarta-feira, 13, deixando iníveis mais de dois milhões de processos, no que é a maior crise de cibersegurança já registrada no país.
O motivo da crise é um ataque hacker à IFX Networks, uma multinacional de telecomunicações norte-americana.
O grupo responsável pelo incidente não foi identificado, mas sabe-se que foi usado um ransomware para criptografar e roubar dados da rede, incluindo informações de cidadãos colombianos, em busca de extorquir a IFX.
Gustavo Petro, presidente da Colômbia, chegou a realizar uma reunião de emergência com as forças de segurança nacionais para investigar o ataque, que também afetou os sites dos ministérios de Saúde e Cultura, bem como outras superintendências.
Até o momento, não se sabe se a invasão afetará os indivíduos cujos dados foram expostos.
Os efeitos seguem sendo investigados pela unidade de inteligência em cibersegurança da polícia colombiana.
Ao todo, 700 empresas foram afetadas em países como Chile, Argentina, e Panamá.
“O tamanho e a extensão desse ataque mostram como a América Latina ainda não está preparada para ataques cibernéticos sofisticados. Mesmo que a empresa provedora dos serviços de telecomunicações tenha proteção, empresas e órgãos públicos colombianos deveriam, também, garantir que os dados sensíveis estavam protegidos”, comenta Alvaro de Almeida, diretor comercial da Evolutia, empresa de cibersegurança que atua na América do Sul.
Há 23 anos no mercado e presente em 17 países em toda a América, a IFX presta serviços de telecomunicações em toda região.
A empresa chegou a marcar presença no Brasil no começo dos anos 2000, mas hoje em dia não tem escritórios no país.
Na Colômbia, a empresa atua junto a entidades como o Poder Judiciário, o Ministério da Saúde, a Superintendência da Indústria e Comércio, e a Superintendência de Saúde.