Susana Kakuta. Foto: Unisinos.
Susana Kakuta, um nome conhecido no ecossistema de inovação do Rio Grande do Sul, faz parte do time de especialistas ligados à campanha para a presidência de Simone Tebet (MDB).
Kakuta é atualmente CEO do Pradotech, um parque tecnológico parte de um grande projeto urbanístico em construção em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre.
Antes, ela foi CEO do Tecnosinos, um dos parques tecnológicos referência no país, sediado no campus da Unisinos em São Leopoldo, também nos arredores da capital gaúcha.
Kakuta também tem experiência política, tendo sido presidente do banco de desenvolvimento Badesul nos governos de José Ivo Sartori (MDB) e Yeda Crusius (PSDB).
A profissional participa de uma espécie de “dream team” selecionado por Tebet para agir como porta-vozes para os diversos temas da campanha, no qual estão elencados diversos nomes de peso, revelados pelo Brazil Journal.
A área de ciência e tecnologia conta também com Pedro Wongtschowski, o chairman da Ultrapar.
O programa de governo da candidata do MDB, PSDB e Cidadania será coordenado pelo ex-governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto.
Na Agricultura, Tebet será assessorada por José Roberto Mendonça de Barros, o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda no Governo FHC e sócio da consultoria MB Associados.
Na Energia e Saneamento, o nome é Jerson Kelman, cuja vasta experiência no setor inclui ter sido CEO da Sabesp.
As propostas para a indústria estão com José Roberto Mendonça de Barros e João Fernando Gomes Oliveira, que preside o Conselho da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) e foi diretor presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
Candido Bracher, o ex-CEO do Itaú, e Pedro os, um dos fundadores da Natura e co-chairman do conselho, trabalham juntos nas propostas para o Meio Ambiente.
Tebet vem despontando como a última esperança dos promotores da chamada terceira via, uma alternativa eleitoral para a polarização entre Bolsonaro e Lula.
Laercio Cosentino, presidente do conselho de istração da Totvs, e Cesar Gon, CEO da CI&T, inclusive am uma lista de apoio a Tebet, uma medida incomum para grandes empresários na área de tecnologia.
A carta, divulgada em junho, contou com a de diversos pesos pesados da economia nacional: Walter Schalka (Suzano); Anton os (Natura); Horacio Lafer Piva (Klabin) e Antonio Carlos Pipponzi (Raia Drogasil).
Como frisa corretamente o Brazil Journal, a mera existência de um time de especialistas focado no desenvolvimento de propostas sobre temas no time de Tebet marca uma grande diferença frente aos líderes nas pesquisas, cuja estratégia parece ser pedir um cheque em branco ao eleitorado para evitar a vitória do seu opositor.
Por outro lado, parece difícil que toda a mobilização em torno de Tebet aos 40 minutos do segundo tempo possa surtir efeito nas eleições marcadas para outubro,
Na última pesquisa do Datafolha, a senadora tem 2% de intenção de voto, o que é o dobro da pesquisa anterior, mas ainda assim dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.
Lula aparece com 47%, o que, tendo em conta a projeção de votos válidos, garantiria para o petista a vitória no primeiro turno.
Bolsonaro, com 29%, ainda aguarda o efeito dos R$ 41 bilhões para aumentar o Auxílio Brasil e o vale-gás e pagar ajuda a caminhoneiros e taxistas até o fim do ano, aprovado recentemente a toque de caixa.
À margem das propostas de especialistas e das preferências dos grandes nomes, esse é o debate do Brasil real.
Maurício Renner 5wt6n
Editor at Baguete Diário