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Setor farmacêutico faz bonito, como mostra investimento da Hertz. Foto: kleyhertz.com.br
A Kley Hertz, fabricante porto-alegrense de produtos farmacêuticos, anuncia investimento de R$ 100 milhões em uma nova unidade fabril em Guaíba, na Região Metropolitana da capital gaúcha.
A fábrica deverá gerar cerca de 150 empregos diretos, contando com laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento.
As operações estão previstas para começar em janeiro de 2015, dentro da Zona Mista Industrial de Guaíba, gerenciada pelo estado.
Conforme o diretor da Kley Hertz, Arthur Hertz, a nova unidade irá triplicar a capacidade de produção da empresa, chegando a 100 milhões de unidades/ano.
O empreendimento impulsiona planos de expansão.
"Há projeções que a indústria farmacêutica dobre de tamanho no Brasil a partir de 2017”, comenta Hertz. “Estamos apostando neste indicativo e no nosso plano de negócios”, completa.
A previsão citada pelo diretor é da consultoria IMS Health, cuja avaliação aponta que, após crescimento de 19% em 2011, movimentando R$ 38 bilhões em vendas, o segmento deva atingir R$ 87 bilhões no país até 2017.
Fundada em 1947, a Kley Hertz fechou 2011 com faturamento de R$ 129 milhões e venda de 18 milhões de unidades.
A empresa conta com mais de 500 colaboradores e está presente em mais de 40 mil farmácias.
SETOR SAUDÁVEL
O mercado farmacêutico brasileiro vem cheio de saúde: de acordo com os dados da IMS Health, programas como o Farmácia Popular, a perda de patentes de medicamentos de referência e o aumento do poder de negociação de preços dos grandes compradores farmacêuticos impulsionarão o setor.
O Farmácia Popular prevê a distribuição gratuita de medicamentos para as doenças mais comuns da população brasileira e já representa 7,7% do volume de doses do mercado nacional, hoje em cerca de 90 bilhões de unidades.
Levando-se em conta o preço de compra praticado nas farmácias, o programa movimenta hoje o equivalente a R$ 1,5 bilhão em vendas, ante R$ 300 milhões no começo de 2011.
Quanto às patentes, o Brasil tem R$ 1 bilhão em vendas de medicamentos que perderão sua patente até 2016, diz a consultoria. De 2016 a 2020, é mais R$ 1,8 bilhão.