O laptop de US$ 100 virou um tablet de US$ 100, com direito a apresentação na CES 2012.
Por trás do novo projeto está o mesmo autor: Nicholas Negroponte, criador do Media Lab no MIT e do projeto One Laptop Per Child (OLPC), que oferecia o XO por US$ 100, com fins educativos.
O tablet educacional ainda é um protótipo, chamado de XO-3, mas já dá algumas pistas da versão final.
Conforme a apresentação do projeto na CES, em Las Vegas, o formato de tablet irá reduzir os custos de produção do dispositivo, tornando-o mais leve.
Espera-se que o equipamento opere de oito a dez horas sem a necessidade de recargar a bateria. Caso a carga acabe, ele poderá ser alimentado por uma manivela, que fornece dez minutos de duração numa recarga mínima.
O XO-3 terá a cor verde limão e terá gabinete em plástico resistente a impacto.
Dentro, o tablet vai operar com uma versão do sistema operacional Android, do Google, e um processador ARM de 1 GHz, e terá 4GB de capacidade de armazenamento em flash.
Focado em países emergentes, o modelo terá o mesmo preço, e deve incluir uma opção com tela de 8 polegadas e a possibilidade de recarga solar.
O projeto OLPC se iniciou em 2005, com o apoio de empresas como AMD, Chimei, eBay, Google, Marvell, News Corporation, Nortel, Red Hat e Quanta.
Os US$ 100 por aparelho, que também viraram jogada de marketing, se mostraram flutuantes.
Em maio de 2006, o próprio Negroponte reconheceu que era um valor elástico. Em 2008, o modelo era avaliado entre US$ 135 e US$ 140. A cotação, no entanto, não foi muito lonte. Em 2010, a BBC garantiu que o aparelho custava menos de US$ 200.
Também em 2008, com a competição de modelos comerciais – os netbooks – o projeto esfriou, com cortes do orçamento pela metade.
Ainda assim, o Brasil recebeu doações em 2009, de 2,6 mil laptops da organização.