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Foto: Depositphotos
A Lockbit, uma das maiores gangues de ransomware do mundo, pode ter extorquido valores multibilionários de suas vítimas ao longo de seus quatro anos de existência, segundo aponta a Agência Nacional do Crime da Grã-Bretanha, responsável pela Operação Cronos, que investiga o grupo.
Segundo o site The , a investigação internacional iniciada na última semana apurou 30 mil endereços de criptomoedas obtidos através do sistema da gangue, revelando um total de £ 100 milhões (cerca de R$ 632 milhões) em pagamentos feitos por afiliados do grupo advindos de transferências feitas por suas vítimas.
Deste total, £ 90 milhões (aproximadamente R$ 569 milhões) não haviam sido gastos.
A estimativa dos investigadores é que o valor total deva ser muito maior, ando do bilhão de libras, uma vez que o valor recebido pela Lockbit representa apenas 20% do montante de fato extorquido das vítimas, visto que o restante é pago a seus afiliados.
Isso significa que o dinheiro obtido a cada ataque é consideravelmente maior do que aquele registrado no sistema do grupo.
Se considerado o período de apenas 18 meses, entre julho de 2022 e fevereiro de 2024, investigado pela operação, estima-se que, durante os 30 meses restantes do tempo de atuação da gangue, o valor ultrae quantidades multibilionárias globalmente.
“As contas de câmbio da Lockbit também estão sendo investigadas, com centenas de milhares de dólares em cripto ativos através de mais de 85 contas atualmente restringidas pela Binance. Nós continuaremos a progredir e mais detalhes serão revelados ao longo da investigação”, diz o site do grupo, agora controlado pela Agência Nacional do Crime da Grã-Bretanha.
Criada em 2020, a Lockbit usa um software malicioso para bloquear o o do usuário aos seus sistemas de computador em troca de um pagamento de resgate, tendo como alvo empresas e organizações.
De acordo com o Canaltech, o Brasil é o terceiro país mais atingido pelo grupo. Apenas entre julho de 2021 e janeiro de 2022, as empresas do país foram alvo de mais de 1,3 mil ataques.