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Luciani. Foto: Divulgação
Luca Luciani deixou a presidência da TIM nesse final de semana.
Na sexta-feira, 04, já especulava-se que o executivo deixaria o cargo na operadora de telefonia – hoje a vice-líder no mercado brasileiro, posição reconquistada na gestão de Luciani.
O executivo é alvo de uma investigação de autoridades italianas envolvendo chips de telefonia móvel irregulares.
Em nota, a TIM informou que o conselho de istração da empresa se reunirá em breve para empossar interinamente Andrea Mangoni, atual vice-presidente financeiro da Telecom Italia, como diretor-presidente da companhia brasileira.
Sob o comando de Luciani, a TIM alcançou, no ano ado, o segundo lugar em telefonia móvel no Brasil, com 26,8% de participação de mercado em março, o que equivale a mais de 67 milhões de linhas, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A investigação pela promotoria de Milão, que já dura cinco anos, analisa a ativação supostamente fraudulenta de cerca de 37 mil chips (SIM cards).
Seriam ativações para telefones pré-pagos emitidos na Itália entre 2005 e 2007, além de “algumas operações” feitas por Luciani já no Brasil.
Alguns destes chips foram ativados para usuários falecidos ou ficcionais, segundo investigadores.
Em janeiro de 2009, quando Luciani assumiu a TIM celular no brasil, a operadora já era uma das quatro maiores, com 24,06% de participação de mercado, porém uma queda de 7,5% dos 26,01% de um ano antes.
A queda continuou até 2010. Em janeiro daquele ano, a TIM tinha 23,63%, contra 25,52% da Claro, que agora ocupava a segunda colocação, atrás apenas da Vivo.
Nas mãos de Luciani, a TIM recuperou a vice-liderança, chegando a 24,56% de share em março, último ano divulgado pela anatel, 0,5 ponto percentual à frente dos 24,06% de quando assumiu, e rumo aos 26,01% de quatro anos atrás.
Além disso, na gestão de Luciani a TIM adquiriu a AES Atimus, por R$ 1,6 bilhão, o que deu entrada à operadora no mercado de fibra ótica.
No balanço do primeiro trimestre de 2012, a TIM anunciou aumento de 29,5% nos lucros em relação ao mesmo período de 2012, embolsando 276 milhões de reais.
A companhia, que tirou da Claro o posto de segunda maior operadora de telefonia móvel no Brasil no ano ado, atribui o resultado ao avanço no negócio de dados e à expansão na base de clientes.
Nos três primeiros meses do ano, a receita líquida total da companhia cresceu 19,1%, chegando a 4,4 bilhões.
Em função do seu desempenho, Luciani chegou a ser cogitado para assumir a operação da Telecom Italia na América Latina.