O presidente Luiz prometeu rever a portaria do Ministério do Trabalho que obriga as empresas a ter equipamentos de controle de ponto que emitam comprovante dos horários de entrada e saída do trabalhador.
A garantia foi dada ao presidente da CNI - Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, em audiência realizada no final da tarde da terça-feira, 27.
“O presidente deixou claro que vai tomar uma providência. Na próxima semana, temos reunião com a ministra-chefe da Casa Civil e nossa proposta é suspender a portaria e criar um grupo de trabalho para discutir um mecanismo adequado aos interesses de empresários e trabalhadores”, disse Andrade.
A perspectiva do presidente da CNI é que o grupo de trabalho seja formado por representantes dos trabalhadores, das empresas e do Ministério do Trabalho.
Segundo Andrade, as mudanças previstas na portaria irão exigir das empresas investimentos de até R$ 6 bilhões com a compra de máquinas que emitam o comprovante do ponto. Cada equipamento custa entre R$ 2,5 mil e R$ 5 mil.
A indústria hoje ainda enfrenta o agravante de que o equipamento está faltando no mercado e precisa ser importado. Além disso, o novo sistema aumentará a burocracia para as empresas e complicará a rotina dos empregados, acredita o presidente da CNI.
“Os trabalhadores terão de enfrentar filas nas empresas e guardar os comprovantes de entrada e saída em casa. Serão entre 26 e 50 metros de papel que cada trabalhador terá que guardar por ano, no período de cinco anos”, argumentou.
Conforme a portaria, as as empresas têm até o dia 25 de agosto para implantar o novo sistema. A alegação do Ministério do Trabalho é que a medida evitará fraudes.