
Sanduíche sim. M-commerce não. Foto: flickr.com/photos/amulligan
Apesar do aumento na vendas dos smartphones, o comércio eletrônico por celular está em queda no Brasil.
De acordo com dados de uma pesquisa anual do MEF divulgados pelo Mobile Time, o número de usuários brasileiros de telefonia móvel que fez alguma aquisição pelo telefone móvel, seja de um conteúdo digital ou de um bem físico, caiu de 67% para 49% entre 2012 e 2013.
Foi a maior queda dentre os 13 mercados acompanhados por uma pesquisa anual do MEF. O Brasil é hoje o país com a menor proporção de usuários de m-commerce, que na média mundial fica em 65%.
Chama atenção a queda ter acontecido justamente no período em que os smartphones superaram os celulares tradicionais no Brasil, atingindo a marca de 8,3 milhões de unidades vendidas no segundo trimestre deste ano, crescimento de 110% em relação ao mesmo período em 2012.
Mas celulares mais sofisticados não significam, necessariamente mais uso de serviços pagos.
Com os smartphones com preço abaixo de R$ 700 já representam mais de 70% das vendas no Brasil, os usuários estão na verdade deixando de lados serviços pelos quais pagavam nos seus feature phones para usar aplicações gratuitas.
Se antes esses consumidores ainda compravam algum ringtone ou conteúdo por SMS, ao trocarem de telefone por um Android de entrada acabam aproveitando apenas o conteúdo gratuito oferecido na plataforma do Google, analisa a Mobile Time
Além disso, substituem serviços de comunicação das teles por aqueles gratuitos over the top (OTT), como WhatsApp para mensagens e Viber para chamadas de voz.
A pesquisa perguntou aos entrevistados o que fizeram com seus telefones móveis nos últimos seis meses.
No caso do Brasil, os resultados foram os seguintes: baixou um app gratuito (75%); baixou um conteúdo móvel, como um jogo, por exemplo (69%); usou um serviço de entretenimento (32%); comparou preços ou buscou informações sobre produtos e serviços (26%); usou o celular para participação de uma promoção na Internet ou via SMS (21%); usou serviços de localização (16%); trocou pontos ou créditos em games (11%); escaneou um código de barras ou um anúncio (7%); baixou cupons ou vouchers de descontos (6%); reservou um restaurante ou comprou ingressos para eventos (5%); realizou check in num lugar ou usou um boarding (5%); ou um site de leilão (4%).