
Volmar Machado, diretor de TI do Sicredi. Foto: Sicredi.
Volmar Machado deixará no dia 31 de janeiro o cargo de diretor executivo de Tecnologia da Informação do Sicredi, cooperativa de crédito gaúcha que hoje é um grande player no segmento financeiro em nível nacional.
A informação é de fontes de mercado e foi confirmada pelo Sicredi por meio da sua assessoria de imprensa. O sucessor na posição ainda não está definido.
“Agradecemos imensamente ao Volmar pelo valor gerado por ele nas incontáveis entregas e resultados alcançados nessa trajetória”, afirma o Sicredi na nota.
Machado assumiu o comando da área de TI em 2017 e tem uma trajetória de 31 anos no Sicredi, onde entrou no começo dos anos 90 no cargo de analista de sistemas.
Nos anos seguintes, Machado foi promovido a gerente de Desenvolvimento de Sistemas e gerente de Processos Operacionais.
Em 2012, foi promovido a superintendente de Segurança e Qualidade de Tecnologia da Informação e permaneceu até 2016, quando tornou-se superintendente de Infraestrutura e Operações de TI.
Fica em aberto agora que perfil o Sicredi vai colocar no comando da sua TI: outro prata da casa, ou um grande nome trazido de fora da organização.
Antes de colocar Machado no comando, a empresa trouxe alguns profissionais de fora, incluindo executivos experientes como Denilson Mascarenhas, um ex-CIO do Ponto Frio, entre 2009 e 2012.
Paulino Rodrigues, que sucedeu a Mascarenhas na posição entre 2012 e 2017, tinha um background mais financeiro, tendo sido CFO da indústria eletrônica gaúcha Teikon.
(Mascarenhas é hoje CEO da Duosystem, uma startup em alta na área da saúde. Rodrigues seguiu carreira de CFO, liderando hoje a área de finanças do banco Mercantil do Brasil).
Quem vai liderar a TI do Sicredi é uma pergunta importante, porque a instituição se tornou um gigante no mercado financeiro do país.
O Sicredi teve lucro líquido (“sobras”, no jargão das cooperativas) de R$ 4,766 bilhões em 2021, com crescimento de 43,6% em relação ao ano anterior.
A carteira de crédito teve expansão de 36,9% no ano ado, para R$ 133,145 bilhões. Deste total, cerca de 35% são destinados para o setor rural, 34% a pessoas jurídicas e 31% para pessoas físicas.
O segmento rural teve crescimento de 41% em 2021, para R$ 47,2 bilhões, o que consolida o Sicredi como a segunda maior instituição financeira em fomento do agronegócio no país, atrás apenas do Banco do Brasil.
Hoje, o número de clientes (ou “associados”) chega a 6,3 milhoes, um crescimento de 23%, frente aos números de 2021.
A instituição tem 2,4 mil agências, e é a quinta maior rede do país, à frente do Santander.
A empresa tem uma organização complexa, produto de uma história centenária iniciada em 1900 em Nova Petrópolis, uma cidade de colonização alemã no Rio Grande do Sul.
O Sicredi é organizado em um sistema formado por 106 cooperativas de crédito, cinco centrais regionais, a Confederação Sicredi, o Banco Cooperativo e demais empresas controladas e sua controladora, a Sicredi Participações.