Nicolas Maduro. Foto: Publicas
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acaba de acusar o bilionário americano Elon Musk de ter atacado os sistemas do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) durante a eleição.
Essa seria a explicação do atraso na divulgação das atas com os resultados das diferentes seções eleitorais, uma medida que foi demandada por diversos países, incluindo o Brasil.
Em um pronunciamento na TV venezuelana, Maduro disse que uma comissão especial entre Rússia e China avaliará o sistema de cibersegurança venezuelano para identificar os “graves danos causados”.
"Tenho certeza de que os ataques foram dirigidos pelo poder de Elon Musk”, disse Maduro.
O suposto ataque não impediu Maduro de se declarar vencedor das eleições, com 51,2% dos votos, um resultado que, aliás, foi imediatamente reconhecido por Rússia e China.
A oposição afirma que Maduro fraudou a eleição. Edmundo González Urrutia, o candidato da oposição, teria tido perto de 70% dos votos, de acordo com dados preliminares obtidos pelo seu campo político.
Musk e Maduro vêm trocando farpas durante a semana pelo X. Maduro chegou a chamar Musk para uma briga, o que foi prontamente aceito por Musk, em um repeteco da polêmica do ano ado com Mark Zuckerberg.
No seu perfil no X, Musk disse que as eleições da Venezuela foram fraudadas.
Acusações e farpas à parte, Brasil, Colômbia e México não reconheceram oficialmente a reeleição de Maduro e, em uma nota conjunta, pediram que a Venezuela divulgue as atas eleitorais.
Já os EUA, através de seu secretário de Estado, Antony Blinken, reconheceram que Edmundo González Urrutia, opositor de Maduro, venceu as eleições.