
Fabrício Dhein, CIO da AESC. Foto: divulgação.
O Hospital Mãe de Deus, um dos principais hospitais de Porto Alegre, contratou a MV Sistemas, especializada em software de gestão para o setor de saúde, para desenvolver um aplicativo nativamente integrado ao ERP da empresa, já utilizado pela instituição hospitalar há 15 anos.
Batizado de Mãe 360°, o app começou a ser desenhado no início de 2021 com a plataforma Global Health, da MV, levou quatro meses para ser implantado e está disponível para Android e iPhone há cerca de um ano. Hoje, o número de s já a de 12 mil.
“A MV desenvolveu, mas com nossa ajuda, com a gente fazendo as reuniões, planejando as sprints com eles, entendendo o que seria fundamental para o paciente ter o nesse aplicativo. Nós pensamos em toda a imagem dele junto com a MV, mas com eles codificando”, detalha Fabrício Dhein, CIO da Associação Educadora São Carlos (AESC), mantenedora do Mãe de Deus.
Dentro da aplicação, o paciente pode agendar consultas e exames, recebendo toda a descrição do preparo necessário, e pode fazer um pré-cadastro. Quando chega na instituição, registra sua presença por meio de check-in em um totem localizado na recepção.
Antes, a única opção para o paciente e visitantes era ir na recepção tradicional para apresentar o documento de identidade, fazer um cadastro e uma foto. Depois disso, recebiam um crachá que dava o à catraca.
Agora, mesmo que não tenham o aplicativo instalado, eles podem fazer o check-in no totem de autoatendimento, onde se preenche os dados no primeiro o e se tira uma foto. A partir disso, é gerado um QR code para o o.
No caso dos familiares, o sistema tem um controle para permitir apenas três pessoas por vez.
O totem utiliza o sistema One Touch, com o controle de o feito pela Senior junto com a Digicom, tudo de maneira integrada ao Soul MV, sistema de gestão hospitalar responsável por toda a organização dos processos da instituição.
Ao chegar na consulta, o app já tem reunidas todas as características físicas do paciente e o seu histórico dentro do Mãe de Deus. Isso inclui consultas, internações, exames de imagem e laboratoriais, além do aviso de comorbidades e alergias e lista de medicamentos em uso, por exemplo.
“A ideia é o paciente ser o centro de tudo com o phygital, com uma mudança de atendimento num conceito de 360º. Se ele está com algum problema cardíaco, não é atendido apenas por um médico cardiologista. Ele vai ser atendido por uma equipe multidisciplinar e a gente começa a pensar muito mais na saúde dele do que na sua doença”, destaca Dhein.
Após a consulta, também é possível lançar no aplicativo os remédios que o médico prescreveu e habilitar alerta de horários.
A telemedicina, que havia sido adotada no início da pandemia, também foi incluída no app.
Além do atendimento médico, a funcionalidade permite o à Enfermeira Navegadora, que busca gerenciar a jornada dos pacientes que procuram por linhas específicas de tratamento.
Com um ano de implantação do projeto, o Mãe de Deus observou aumento no atendimento de consultas e de exames.
“Facilitou bastante para o paciente. É uma satisfação para quem utiliza porque ele tem tudo na palma da mão, não precisa ficar no computador ou voltar ao hospital para, por exemplo, buscar resultado de exame, seja de imagem ou laboratorial”, salienta Dhein.
Em termos istrativos, houve redução no uso de plástico, papel e metal por conta da eliminação dos crachás, que chegaram a somar 7 mil unidades por mês, e da digitalização de exames.
No último mês de novembro, a instituição também fez uma atualização para o última versão do sistema da MV. Segundo o CIO, isso conferiu ainda mais agilidade, segurança e novas funcionalidades.
“O Soul MV está para a saúde assim como o SAP está para indústria. Hoje é o principal sistema de prontuário e hospitalar do Brasil, atendendo de ponta a ponta, desde o ingresso do paciente numa emergência até a contabilização final. Nossa escolha se deu para trabalhar com os melhores”, explica Dhein.
Para 2023, o Mãe de Deus tem um road map para lançar novas funcionalidade no aplicativo.
Entre elas, está o monitoramento de pacientes com comorbidades. A ideia é interligar um smartwatch com o app e buscar sinais vitais, para acompanhamento de forma remota, e mandar mensagens incentivando a prática de exercícios, por exemplo.
Um paciente que mede a glicose diariamente também poderá lançar os dados no aplicativo para o médico acompanhar.
Outro objetivo para o próximo ano é possibilitar que todo o processo de check-in seja feito através do aplicativo, sem a necessidade do totem. Além disso, mais funcionalidades devem ser adicionadas aos totens.
O Hospital Mãe de Deus atua desde 1979 e conta com cinco unidades físicas, sendo quatro em Porto Alegre e uma em Capão da Canoa, no litoral gaúcho. Seu principal hospital tem 312 leitos ativos e área construída de aproximadamente 55 mil m².
Em 2021, a instituição foi considerada o sexto melhor hospital do Brasil pela World's Best Hospitals, ranking da revista Newsweek.
Fundada em 1987, a MV possui 2,6 mil clientes como hospitais, clínicas, operadoras de planos de saúde, centros de medicina diagnóstica e rede pública de saúde.
Com 214 mil médicos cadastrados nas suas plataformas de atendimento e mais de 110 mil leitos istrados, a empresa fechou 2021 com um faturamento de R$ 400 milhões, uma alta de 20% frente ao resultado do ano anterior.
Em dezembro de 2022, o Hospital Moinhos de Vento, outro dos principais hospitais de Porto Alegre, também lançou um aplicativo usando a tecnologia da MV.