TRABALHO

Mais de 2 milhões trabalham em plataformas digitais 454wp

Serviço de transporte, armazenagem e correio é o que mais reúne trabalhadores. 6n2b3z

26 de outubro de 2023 - 10:02
Entre as plataformas mais utilizadas para serviços, esteve a de transporte particular de ageiros (47,2%). Foto: Depositphotos

Entre as plataformas mais utilizadas para serviços, esteve a de transporte particular de ageiros (47,2%). Foto: Depositphotos

Cerca de 2,1 milhões de brasileiros com 14 anos ou mais realizam trabalhos por meio de plataformas digitais, sendo 1,5 milhão em aplicativos de serviços e 628 mil em apps de comércio eletrônico.

É o que revela o módulo Teletrabalho e Trabalho por Meio de Plataformas Digitais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgado pelo IBGE.

Os dados foram levantados no quarto trimestre de 2022. Conforme o IBGE, as estatísticas ainda estão em fase de teste e sob avaliação.

Na época, o grupo de atividades de transporte, armazenagem e correio reuniu 67,3% dos trabalhadores. 

Em transporte de ageiros, foram registrados cerca de 778 mil trabalhadores; em apps de entrega, 589 mil; e apps de prestação de serviços gerais, 197 mil.

Em seguida, veio o setor de alojamento e alimentação, com 16,7%.

"Consideramos fundamental a disponibilização de uma base de dados que possibilite melhor quantificar e compreender o fenômeno da plataformização do trabalho no país. Esse foi o objetivo da introdução do módulo na pesquisa", afirmou Gustavo Geaquinto, analista do levantamento.

Segundo o TI Inside, a categoria de emprego mais usada foi a "feita por conta própria", com 77,1% dos trabalhadores. Nas plataformas, foram registrados apenas 5,9% de pessoas com carteira assinada. Já no setor privado, o número chegava a 42,2%.

Entre as plataformas mais utilizadas para serviços, esteve a de transporte particular de ageiros (47,2%), entrega de comida e produtos (39,5%), aplicativo de táxi (13,9%) e prestação de serviços gerais ou profissionais (13,2%).

"Tem sido observado ao longo do tempo o aumento dessa forma de trabalho e esse fenômeno tem levado a importantes transformações nos processos e nas relações de trabalho, com impactos tanto no mercado de trabalho do país, como sobre negócios e preços de setores tradicionais da economia", declara Geaquinto.

O estudo também revelou a quantidade de trabalhadores plataformizados por regiões. A região com o maior percentual foi o Sudeste, com 2,2%. Já as outras regiões ficaram com valores entre 1,3% e 1,4%.

O Norte, porém, foi a região com maior proporção de trabalhadores em apps de transporte particular de ageiros — excluindo os de táxi —, registrando 61,2%.

Em relação a trabalhadores, os homens eram a grande maioria, com 81,3%, e as mulheres eram 18,7%.  Já entre as idades, cerca de 48,8% possuíam idade entre 25 e 39 anos.

Outro ponto levantado pela pesquisa foi o nível de escolaridade, rendimento e horas trabalhadas. 

Nas plataformas, o nível de instrução dos brasileiros estava concentrado no nível médio completo ou superior incompleto, com 61,3%. 

Em relação a rendimento, os plataformizados registraram 5,4% de rendimento maior que o total de ocupados no Brasil, recebendo, em média, R$ 2.645. O valor, porém, equivale a mais horas semanais trabalhadas, cerca de 46.

"Para os dois grupos menos escolarizados, o rendimento médio mensal real das pessoas que trabalhavam por meio de aplicativos de serviço ultraava em mais de 30% o rendimento das que não faziam uso dessas ferramentas digitais. Por outro lado, entre as pessoas com o nível superior completo, o rendimento dos plataformizados (R$ 4.319) era 19,2% inferior ao daqueles que não trabalhavam por meio de aplicativos de serviços (R$ 5.348)", revelou a pesquisa.

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