
Eduardo Melzer.
O presidente do Grupo RBS, Eduardo Sirotsky Melzer, enviou um e-mail aos colaboradores do grupo nesta quarta-feira, 30, reforçando a mensagem de uma comunicação anterior sobre sua permanência na empresa.
“Sou e continuarei sendo presidente do Grupo RBS, sob a liderança e com o apoio do Conselho de istração, presidido por Nelson Sirotsky, e com toda a energia e foco que o momento nos exige”, afirma Melzer no e-mail ao qual a reportagem do Baguete teve o.
É uma mensagem bem mais explícita do que a do texto de ontem, no qual o CEO não chegou a dizer com todas as letras que permanecerá no cargo, negando somente que estivesse “se afastando da RBS” e afirmando que estava “focado no nosso negócio e dando atenção as nossas questões estratégicas”.
O presidente do grupo gaúcho de comunicação voltou a usar palavras duras contra a matéria do JA assegurando sua saída, colocando os adjetivos “falso” e “absurdo”, a uma lista de qualificativos que já tinha “irresponsável” e “construído a partir de interesses pouco claros”.
“Responder a boatos é contra nossos valores e princípios. Eles desviam nossa energia e nos movem em direção à desinformação”, explica Melzer. A RBS não se posicionou oficialmente sobre o assunto até o momento.
De acordo com informações divulgadas pelo JA, Melzer deve deixar o cargo até o final de outubro. Uma empresa de head hunting já teria sido contratada em São Paulo para contratar um novo CEO para o grupo de comunicação gaúcho.
O texto do JA foi reproduzido por outros portais críticos da "grande mídia" como o Sul21 e Brasil 247.
A contratação da companhia de RH também foi revelada hoje pelo Coletiva.net, um portal especializado no mercado de comunicação gaúcho. A Coletiva, no entanto, não chegou a cravar como certa a saída de Melzer, falando apenas genericamente em “mudanças radicais”.
Eduardo Sirotsky, neto do fundador da RBS, Maurício Sirotsky (1925-1986), assumiu o comando do grupo em 2012, recebendo o bastão de comando do tio, Nelson Sirotsky.
Na avaliação do JA, cuja linha editorial é crítica da RBS, Melzer sairia porque adotou medidas que enfraqueceram pessoas de confiança do seu tio e prejudicaram a imagem do grupo, fazendo com que o conselho acreditasse que ele não era o homem certo para liderar a empresa em um momento de crise econômica.