
Acarajés, em breve também no Mercado Livre? Foto: https://www.flickr.com/photos/agenciabrasilia/
O Mercado Livre anunciou que irá abrir um centro de distribuição em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador.
O CD baiano será o terceiro no país o primeiro fora de São Paulo, onde a empresa já tem estruturas do tipo nas cidades de Cajamar, na região metropolitana da capital, e de Louveira, nos arredores de Campinas.
O novo empreendimento terá 35 mil metros quadrados, com chances de expansão, podendo atender mais de 100 mil consumidores diariamente, informou o gigante do e-commerce. Serão contratados 50 funcionários, podendo chegar a 500.
A abertura do terceiro CD faz parte de um plano de investimento de R$ 4 bilhões que o Mercado Livre irá fazer no país até o final deste ano.
Não está claro o que o anúncio do centro em Lauro de Freitas significa para a discussão atualmente em curso sobre onde o Mercado Livre deve instalar o seu CD focado na região Sul.
Em novembro de 2019, o Mercado Livre anunciou um CD de 50 mil metros quadrados a ser construído em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, com 500 empregos em um primeiro momento.
Em março deste ano, o Mercado Livre anunciou a interrupção da instalação, afirmando que as condições tributárias oferecidas pelo governo gaúcho inviabilizavam a instalação.
Na semana ada o Mercado Livre disse respondendo a matérias na imprensa que estava em negociações com “outras localidades”, uma vez que “as negociações com o governo gaúcho para desburocratizar a atuação de vendedores de fora do Rio Grande do Sul dentro do Estado resultaram infrutíferas até o momento".
A nota do Mercado Livre não chega a dizer com todas as letras que não há chances de seguir com as negociações, mas essa é a mensagem que veio em privado da empresa para o prefeito de Gravataí, segundo o mesmo disse em nota divulgada nas redes sociais.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, diz que a empresa não comunicou o estado oficialmente da decisão e que as negociações seguem abertas. Já em Santa Catarina, estado tido como favorito para levar o investimento, o secretário da Fazenda afirma que já concedeu um “regime especial” para o Mercado Livre.
A situação segue indefinida é possível que todas as partes estejam blefando em alguma medida.
A questão tributária é que a transação é feita no Mercado Livre entre o vendedor e um comprador, mas muitos dos produtos vendidos já estão previamente armazenados dentro do centro de distribuição. Metade do que é vendido é entregue pelo Mercado Livre.
Inicialmente, o Rio Grande do Sul exigia que cada vendedor de fora do estado precisasse estar registrado no estado para vender. Agora, o estado quer levar o tema para debate no Confaz, visando encontrar uma solução nacional.
Enquanto isso, aparentemente a Bahia resolveu o problema de alguma outra maneira.
O Nordeste, aliás, tem recebido outros investimentos do tipo. No final do ano ado, a Amazon anunciou um centro de distribuição em Pernambuco, o primeiro fora de São Paulo.