
Sem ha para o Workplace. Foto: Depositphotos.
A Meta desistiu do Workplace, uma versão do Facebook que tinha a ambição de ser um player relevante em comunicações empresariais.
Lançado em 2016, o produto inclui funcionalidades de mensagens, compartilhamento de dados e conferências, mais ou menos como uma penca de outras alternativas mais populares no mercado, como o Teams da Microsoft, ou o Slack, para citar só duas.
O produto deve continuar operando normalmente até setembro do ano que vem e estar disponível apenas para leitura até maio de 2026, quando será finalmente fechado (descontinuado, em corporativês).
Em uma nota enviada a clientes, a Meta recomenda a migração para o Workvivo, uma alternativa da Zoom.
Segundo revelam fontes ouvidas pelo Techcrunch, a Meta tinha sido procurada por fundos interessados em separar a o Workplace e transformar ele numa empresa separada (o famoso spin off) no começo da pandemia do Covid, quando ferramentas de colaboração viveram um boom.
Na época, o Facebook negou a proposta, dizendo que o Workplace era um “ativo estratégico”.
O valor estratégico não tinha tanto que ver com a receita, mas com o fato de que o Workplace ajudava a empresa aparecer um negócio mais diversificado do que só a rede social, o que era bom frente a reguladores e investidores.
No meio tempo, porém, o Facebook embarcou no projeto metaverso (inclusive trocando o nome para Meta e arrumando processos judiciais no Brasil), e, mais recentemente, Inteligência Artificial.
Ao redor do mundo, o Workplace pegou um embalo na época do lançamento, mas com o surgimento do Slack, uma plataforma de comunicação que virou a queridinha dos usuários, acabou mudando as regras do jogo.
A Microsoft se viu ameaçada em um mercado chave e reagiu, agregando novas funcionalidades ao Teams. Outros players vieram, como o Zoom. O Workplace caiu no esquecimento.
No Brasil, o Workplace não chegou a emplacar para valer, pelo menos tendo em conta o número de projetos com a tecnologia reportados pelo Baguete ao longo dos anos (o que é uma medida ruim, porque a Meta não dá muita bola para comunicação B2B no mercado brasileiro).