
Paulo Sérgio Buhrer. Foto: Divulgação.
Por Paulo Sérgio Buhrer*
Metas são excelentes para quem quer crescer na vida e nos negócios. Impulsionam vendas, resultados, produtividade, carreiras, movem a economia e fazem com que as crises não aconteçam ou sejam superadas com mais facilidade.
Eu gosto de metas, mas sei o quanto elas podem fazer mal quando não são bem apresentadas aos colaboradores. Sou a favor de termos metas desafiadoras e vou dizer algo que você não lê com frequência: se for para ter meta pequena, não tenha meta nenhuma.
Essa é uma maneira diferente de ver a questão das metas, e que me traz algum desconforto nas palestras e treinamentos, porque me dizem: “Professor, mas se a pessoa não sonha, ela não realiza”.
Aí eu respondo: “realiza sim. Vamos muito mais longe quando não criamos limites ínfimos aos nossos sonhos. Já vi gente que ou cinco anos jurando que um dia compraria uma bicicleta. Era o sonho dessa pessoa, e todo o esforço dela, o comprometimento, foi para realizar esse sonho. E, ao mesmo tempo, conheço gente que nunca dizia ter qualquer sonho, que apenas desejava o melhor da vida, e para isso foi se esforçando, se comprometendo, até que comprou um lindo carro, e colocou na garagem da sua linda casa própria”.
E qual a razão dessa minha tese? É que muita gente cria metas pequenas, que não exigem muito esforço, comprometimento, dedicação, entusiasmo, disciplina. E aí as metas pequenas, apequenam o ser humano, e o faz se conformar com muito pouco.
Quem tem uma mente vencedora, focada nos resultados, cria metas relevantes, que fazem sair cedo da cama e voltar tarde para ela. A pessoa consegue conectar vida pessoal e profissional, pois, mesmo com o filho no colo, sendo acariciado, ela responde ao cliente no celular. E isso me leva a outra tese que criei: quem não tem grandes metas de vida, só por milagre realizará seus objetivos..
Uma mente vencedora jamais vai dizer: “eu quero eliminar 1 quilo por ano”. Ela dirá: “No natal deste ano eu usarei aquele vestido 36” (mesmo usando 44 atualmente).
O vencedor não fala: “quero sair desta condição de auxiliar número 9 da empresa, para chegar no nível 8”. A pessoa fala: “em cinco anos, meu contracheque será maior do que o meu diretor”, mesmo que hoje só consiga comprar carne moída de terceira para o almoço.
Claro que precisamos celebrar pequenas conquistas, mas jamais devemos nos conformar com elas. Vou te explicar na prática como a minha tese sobre as metas funciona.
Quando meu primeiro filho estava para nascer eu não tinha emprego. Minha meta, se é que podemos chamar assim, era ter condições de comprar fralda e leite para ele. Sabe o que eu consegui enquanto pensava assim? Leite e fralda, e olha lá. Só fui além quando parei de criar metas pequenas.
Por isso, é importante criar metas ousadas, que exijam mais de nós mesmos, ou, simplesmente irmos fazendo tudo o que podemos, sem termos um objetivo bem claro, mas, ao menos, que não é limitador também.
Além desses pontos, há outro fator decisivo para conseguirmos coisas grandiosas em nossa vida: as metas não podem focar apenas no que é material. Isso mesmo, embora falem da materialidade das metas, isso precisa ser inserido em outro contexto.
Os líderes, por exemplo, têm que compreender que devem mostrar o quanto os colaboradores vão ganhar muito além da parte material.
Desse modo: em vez de dizer “precisamos vender um milhão de reais”, devem falar: “quero que cada um ganhe 10 mil reais por mês, assim poderão comprar o carro dos sonhos, a casa própria e, principalmente, um abraço bem apertado de quem amam, por saberem que estão lutando por eles”.
Crie metas ousadas que inspirem você e a equipe a darem o seu melhor, que façam suas mentes vencedoras serem ativadas.
Tudo isso junto vai fazer de você uma pessoa altamente desejada pelo mundo corporativo, pois gerará mais produtividade, vendas e lucro, em todos os projetos que entrar, especialmente no mais importante: a sua vida.
*Paulo Sérgio Buhrer é professor de cursos de Marketing, Gestão Empresarial, Vendas, e outras áreas. Também é autor dos livros Mente de Vencedor, Os dez mandamentos básicos na prestação de serviços e o Código Pensar.