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Foto: Pexels.
O Ministério Público criou a primeira unidade especial focada em criptoativos do país.
Conforme o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), responsável pela iniciativa, o setor terá foco no monitoramento e aprendizado sobre essa tecnologia.
A unidade irá criar treinamentos para os integrantes do MP, do Poder Judiciário e de Polícias; promoverá ações sobre o uso seguro de criptoativos para a população do DF e do restante do país; e prestará e a promotores de justiça do MPDFT.
Além disso, ela prestará apoio a outros MPs e Polícias em ações relacionadas a criptoativos e irá gerenciar e operar ferramentas de rastreamento e monitoramento de ativos em blockchains, sistema que rastreia o envio e recebimento de informações.
De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cerca de 43% dos golpes financeiros utilizam criptomoedas.
Dados divulgados pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) mostraram que mais de 46 mil pessoas denunciaram terem sido vítimas de golpes envolvendo criptomoedas, o que totalizou uma perda de US$ 1 bilhão desde o ano ado até o primeiro trimestre deste ano.
A criminalidade envolvendo criptomoedas tem ganhado visibilidade nos últimos tempos, principalmente com investigações que abrangem grandes esquemas de pirâmide com ativos do tipo.
Talvez o maior de todos seja o liderado por Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como "Faraó das Criptomoedas", dono da GAS Consultoria, que teve R$ 7,2 milhões em criptoativos no exterior e R$ 38 bilhões de suas contas bloqueados pelas Justiças do Paraná e de São Paulo.
Em agosto do ano ado, na Operação Kryptos, Santos e outros envolvidos no crime foram presos no Rio de Janeiro pela Polícia Federal (PF).