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Foto: divulgação
O Web Summit, um dos maiores eventos do cenário global de inovação, vai acontecer no Rio de Janeiro entre 01 e 05 de maio de 2023.
O anúncio foi feito pelo fundador do Web Summit, Patrick Cosgrove, e pelo governador Eduardo Paes em uma conferência de imprensa remota nesta terça-feira, 3.
O evento deverá ocupar 100 mil metros quadrados no Riocentro. A capital carioca será a sede oficial por seis anos.
“O Rio sempre esteve no palco de importantes eventos para o mundo. Agora novamente estamos liderando e trazendo as melhores empresas, talentos e investidores para discutir a tecnologia e inovação. Estamos orgulhosos por termos sido escolhidos como a primeira cidade da América Latina para realizar um evento dessa magnitude”, afirma Paes.
Em dezembro de 2020, Cosgrave fez o anúncio na sua conta do Twitter sobre um futuro Web Summit sul americano. Na ocasião, Cosgrave abriu que a disputa estava entre Rio de Janeiro e Porto Alegre. Mais tarde, Brasília entrou no jogo.
Em Lisboa, onde o Web Summit acontece desde 2016 e se tornou parte do calendário mundial de eventos de inovação, o evento é visitado anualmente por 70 mil pessoas.
O Web Summit foca em tecnologia emergente e já trouxe para Lisboa palestrantes nomes referências na área de tecnologia como Elon Musk, Niklas Zennström, Werner Vogels e Michael Dell junto com gente famosa e influente de todo tipo, incluindo Ronaldinho Gaúcho, Carlos Ghosn, Tony Blair, Garry Kasparov e Stephen Hawking.
Segundo revela o Brazil Journal, a expectativa do Rio é começar com a metade disso na primeira edição, chegando à marca de 70 mil em seis anos.
A movimentação econômica para a cidade é estimada em R$ 1 bilhão para o primeiro ano, chegando a R$ 3 bilhões no final do período.
Como costuma acontecer nesses casos, pode ser que as expectativas sejam altas demais.
No caso de Lisboa, uma análise da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), aponta que os participantes gastaram € 64,4 milhões durante os quatro dias do evento em 2019, algo em torno de R$ 350 milhões.
Ainda de acordo com o Brazil Journal, a prefeitura do Rio de Janeiro não vai colocar dinheiro para pagar os royalties, mas buscar patrocinadores que banquem o custo (a Senac/Fecomércio disse que paga o que faltar, se faltar).
É um modelo diferente do de Lisboa, onde o evento é pago pelo governo português.
O contrato fechado em 2018 previa um valor de € 110 milhões para os próximos 10 anos.
Na época da disputa entre Porto Alegre e o Rio de Janeiro, o jornal gaúcho Zero Hora revelou que os custos de royalties ficavam em R$ 30 milhões por ano, com uma previsão de quatro edições.
Porto Alegre, aliás, acabou fechando com outro evento similar ao Web Summit. O South Summit, uma feira de inovação realizada em Madri, na Espanha, desde 2012, começa sua edição local na capital gaúcha nesta quarta-feira, 4.
A estimativa é atrair entre 3 mil e 5 mil pessoas ligadas aos negócios, e outras 15 mil visitando o evento.
Segundo a apuração do Baguete, o acordo fechado prevê o evento em 2022 e mais a opção para outras três edições.
O Rio de Janeiro vem se consolidando como um pólo nacional de eventos de tecnologia.
Como parte desse esforço, o Rio já trouxe três grandes eventos de tech nos últimos 12 meses: o Rio Innovation Week, que aconteceu em janeiro; o Ethereum Rio, em março; e o Rio2C, na semana ada.
A cidade deve sediar em agosto um novo evento de cripto, o Unblockd, que está sendo organizado pela Dream Factory, a mesma empresa que organiza o Rock in Rio.