
Após a morte de um familiar, muitas pessoas tem dificuldades para lidar com as redes sociais. Foto: Pexels.
Após a morte de um familiar, muitas pessoas tem dificuldades para lidar com as redes sociais que são deixadas para trás. Para excluir os perfis sem lidar com a burocracia envolvida, que pode causar dor às pessoas próximas, é possível contratar a empresa Morte Digital.
Orlando Stumpf, sócio-diretor da empresa, relata que, segundo pesquisas, há mais de 20 milhões de usuários mortos somente no Facebook.
“Muitas vezes, é doloroso ter que topar com aquelas lembranças que saltam aos nossos olhos. Vejo casos de pessoas que já se foram e ficam online na minha lista de contatos no Skype, por exemplo. Nosso papel é contribuir com a comunicação da família e amigos sobre o falecimento de alguém, compartilhando nas redes. Num segundo momento, vamos auxiliar no processo para que haja a exclusão das contas”, explica Stumpf.
No Facebook, há a opção de transformar a página do usuário em um memorial, mas algumas famílias preferem a exclusão total.
A partir do envio do F e atestado de óbito do usuário, a empresa faz o contato com as provedoras dos serviços de contas, como Facebok, Twitter, Microsoft (Skype e LinkedIn) e Google para encerrar a página ou criar a versão memorial, quando possível.
“Sabemos que há famílias que preferem manter tudo configurado como o falecido deixou, com receio de cometer um assassinato de alguém querido, mesmo que virtualmente. Entretanto, sabemos que outras tantas preferem preservar as melhores lembranças sem que haja o desgaste emocional de ter que fazer tudo para encerrar contas ou ficar observando, ou até manipulando, perfis de seus entes”, ressalta Jô Furlan, fundador da empresa.
Com o início recente da divulgação do serviço, a Morte Digital espera atuar com pelo menos 5 mil clientes até o final do ano.