
95% dos ATMs ainda usam Windows XP. Foto: flickr.com/photos/godiane
Às vesperas do fim do e da Microsoft ao Windows XP, que será no dia 4 de abril, um segmento específico de computadores está em contagem regressiva para ter que mudar seu sistema operacional: os caixas eletrônicos.
Segundo dados da NCR, multinacional fornecedora de ATMs e maior fabricante do setor nos EUA, cerca de 95% dos caixas em todo mundo ainda operam com o antigo sistema da Microsoft. A informação é da Bloomberg BusinessWeek.
Até abril, grande parte dos terminais terão que migrar para o Windows 7, um processo que pode não ser tão tranquilo para todos os bancos e operadoras de crédito que tem seus ATMs, segundo afirma Suzanne Cluckey, editora do site ATM Marketplace.
Segundo a especialista, a mudança acarretará mudanças de hardware no parque de caixas eletrônicos dos bancos. No caso dos EUA, em que boa parte dos ATM estão com hardware e software defasados, o caso é mais grave, de acordo com Cluckey.
Conforme dados da KAL, fornecedora de software para caixas eletrônicos, espera-se que apenas 15% dos 3 milhões de ATMs no globo cumpram o prazo para mudar o software. Para contornar este problema, patches de segurança poderão ser liberados até que a transição seja completada.
Outro empecilho, segundo apontam especialistas da KAL, seria o custo.
No Brasil, entretanto, o problema existe, mas em escala reduzida. Bancos estatais como o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal utilizam Linux como base dos sistemas operacionais em seus caixas eletrônicos, se livrando deste tipo de preocupação.
Já bancos privados como Itaú e Bradesco utilizam o sistema da Microsoft em algumas de suas máquinas. Embora o Itaú não tenha se pronunciado sobre o assunto, o Bradesco afirmou que iniciou o processo de implantação do W7 em suas máquinas.
A mudança no Bradesco iniciou em outubro, atualizando o sistema operacional de 73 mil estações de trabalho, em cerca de 6 mil agências e postos de atendimento bancário (PABs) do Bradesco em território nacional.