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Thomas Elbling, presidente da Perto. Foto: Baguete.
A Perto, fabricante gaúcha de equipamentos de automação para bancos e varejo, inaugurou nesta quinta-feira, 05, a ampliação de sua unidade em Gravataí, região Metropolitana de Porto Alegre.
Com as novas instalações, que aumentaram a área de 33 mil m² para 44 mil m², a companhia dobrou sua capacidade de produção mensal de 800 para 1,4 terminais bancários. A expansão é resultado de um investimento de R$ 38 milhões.
Na primeira fase, serão gerados 80 empregos e, na seguinte, serão mais 200 vagas.
A nova fábrica foi pensada para otimizar o fluxo de produção, com novas máquinas de corte a laser e solda seletiva. A expectativa é reduzir em até 50% o tempo de movimentação de material.
De olho na economia e na sustentabilidade, a nova estrutura aproveita a luz natural com o uso de vidros nas laterais e no teto, isolamento térmico e capta a água da chuva para as plantas e sanitários.
A ampliação estava sendo planejada há cinco anos pelos gestores devido à previsão de mercado e foi concluída no momento em que a empresa inicia a produção de 6,5 mil ATMs para o Banco do Brasil.
Responsável por 44 mil terminais bancários, o banco tem hoje 13,5 mil equipamentos da Perto e, com esse novo acordo, esse número ará a ser 20 mil.
Outro fator importante é a inserção de novos produtos no mercado como o sistema de bilhetagem eletrônica, os cofres inteligentes para lojas, o sistema de digitalização de cheques e o POS para transações financeiras.
Além disso, em janeiro do próximo ano o Grupo Digicon, que integra a Perto, inicia sua internacionalização com a construção de uma nova fábrica em Jaipur, na Índia.
De início, a unidade de Gravataí produzirá as peças mais complexas e apenas as mais pesadas, como os cofres, serão feitas fora do país. Atualmente, cerca de 10% das vendas da empresa são provenientes da exportação.
“Nadamos com tubarões [multinacionais com maior presença no exterior], mas tem lugar no mercado internacional para uma empresa como a nossa, que tem a filosofia de produzir todas as peças dos equipamentos”, declara o presidente Thomas Elbling.
O executivo, sem revelar valores concretos, acredita que em 2013 o faturamento da companhia deve fechar entre 10 e 15% superior ao ano anterior. Para 2014, a perspectiva é ainda melhor: 40% a mais do que esse ano.
A Perto atende 30% do mercado nacional e, dos produtos vendidos, 60% são ATMs. Porém, a companhia destaca que a participação do atendimento eletrônico está crescendo com a bilhetagem eletrônica, já em funcionamento nos metrôs de São Paulo e Rio de Janeiro, além de pagamento de estacionamentos em shoppings e aeroportos.
FÁBRICA NA ÍNDIA
Com previsão de início de obras para janeiro de 2014, a nova unidade será instalada a 250 km da capital da Índia, Nova Déli. A produção está prevista para iniciar no final de 2014.
Entre 200 e 300 empregos serão gerados nesse projeto planejado há três anos. Atualmente, 21 colaboradores já estão no local.
O desafio será produzir por um custo mais baixo devido às exigências do mercado. As máquinas serão mais simples do que as brasileiras.
Além disso, terminais para a área rural, onde a energia elétrica é deficiente, serão abastecidos com baterias de carros e painéis solares.
“A Índia está atrasada uns 20 anos em tecnologias de agências bancárias, se comparado com o Brasil. Porém o potencial de mercado é três vezes maior do que o daqui”, destaca Elbling.