
Perto quer ampliar base de ATMs no mercado indiano. Foto: divulgação.
A Perto, fabricante de ATMs com sede em Gravataí, anunciou nesta semana o avanço de suas operações na Índia, inaugurando novo escritório em Mumbai, em uma das mais importantes cidades da Índia, que será centro das operações comerciais e de serviços do país.
Além deste, a Perto já conta com outros escritórios com o de Delhi, Gurgaon e Jaipur.
De acordo com a Perto, nos próximos meses a empresa atingirá marca de 2,5 mil equipamentos instalados na Índia, mercado no qual está presente desde 2005.
A expansão no mercado indiano acompanha a implantação de uma unidade fabril em Jaipur, a 65km de Nova Déli, com um investimento de R$ 65 milhões.
A Perto assinou recentemente um acordo para a compra de um terreno de 71 mil m² em Jaipur, e está em fase final de negociação com o governo para obter o pacote de inventivos fiscais para o projeto.
Segundo o diretor de exportação da companhia, Roberto Baur, o Banco Central da Índia alterou regras para ampliar a base instalada com a possibilidade de os bancos públicos fazerem licitação no modelo de outsourcing.
O mercado potencial é enorme. Com uma população seis vezes maior que a brasileira, a Índia tem 75 mil caixas automáticos instalados no país, contra 200 mil do Brasil.
"Este foi o marco para Perto decidir implantar a primeira fábrica fora do Brasil", afirma.
Em março, a Perto exportou seus primeiros ATMs para o ICICI Bank, um dos maiores bancos privados da Índia. Os equipamentos fornecidos estão sendo instalados em sete estados e 12 cidades.
“O mercado indiano é muito concorrido e, como o Brasil possui um custo alto de produção, é muito difícil competir na Índia com fabricantes locais sem produzir uma boa parte do equipamento naquele país”, explica Baur.
Atualmente, a Perto fornece os principais módulos dos ATMs para instituições brasileiras como Banco do Brasil, Bradesco e Banrisul, assim como soluções de varejo para empresas como Paquetá, Zaffari, Quero-Quero e Renner.
A empresa registrou em 2011 um faturamento de R$ 320 milhões.