
A organização não governamental Safernet, responsável por receber denúncias sobre violações dos direitos humanos na internet, apresentou ao Ministério Público Federal uma lista com 1.037 internautas acusados de praticar racismo e apologia a crimes contra a vida.
Conforme informações do Estadão, os dados foram coletados entre o domingo, 31 de outubro, e a quinta-feira, 04 de novembro.
A lista de páginas de usuários será, agora, investigada pelo MPF para apurar as identidades reais dos acusados.
Segundo Thiago Tavares, diretor presidente da Safernet, foram recebidas 10 mil denúncias, muitas repetidas. Depois de filtrarem, chegou-se ao número de 1037 perfis, explicou o dirigente.
Apenas para Mayara Petruso, a estagiária que ficou “famosa” pelas declarações contra nordestinos, feitas após a eleição de Dilma Roussef, foram mais de 800 denúncias.
Até o momento, Mayara foi a única realmente punida. A estudante deverá responder por crime de racismo e incitação pública de prática de crime, com penas previstas de dois a cinco anos e de três a seis meses ou multa.
Para Tavares, as manifestações se propagam porque há a certeza de impunidade na web. "Por isso, esperamos algum tipo de punição, não só para Mayara", completou.