
José Antonio Antonioni, diretor de Qualidade e Competitividade da Softex.
Atualmente, 227 empresas brasileiras estão certificadas em algum nível do modelo de qualidade em desenvolvimento de software MPS.BR, número de deve chegar a 300 até o final do ano.
Por outro lado, nenhuma organização tem a versão do selo destinada a orientar a aquisição de desenvolvimento, voltada para compradores de TI.
Buscando alterar essa realidade, a Softex, organização ligada ao governo federal que promove o modelo de qualidade brasileiro, modificou o modelo de negócios de consultoria para chamado modelo de aquisição do MPS.BR.
Como já acontece na área de desenvolvimento de software, a entidade vai credenciar empresas e instituições interessadas em oferecer consultoria para os compradores. Até agora, a difusão neste segmento acontecia por meio de consultores pessoa física.
“Vamos trabalhar para convencer as consultorias já presentes no mercado de fazer o investimento e atuar no lado da compra”, explica José Antonio Antonioni, diretor de Qualidade e Competitividade da Softex.
O objetivo é ter cinco consultorias credenciadas no Brasil até o final do ano. A título de comparação, na área de desenvolvimento de software só Rio Grande do Sul já tem três: PUC-RS, Software Process e Engsoft.
Antonioni destaca que a ideia é atingir a compradores tanto no setor público como o privado, mas os reposáveis pelas compras governamentais de software são um destinatário óbvio da nova oferta.
Em 2007, o Tribunal de Contas da União recomendou a adoção do MPS.BR entre os requisitos de licitação e a contratação de serviços de TI.
Desde então, alguns órgãos públicos já usaram o MPS.BR como critério, entre eles a gaúcha Procergs na licitação da fábrica de software vencida pela Stefanini – uma empresa MPS.BR nível A, o grau máximo – em maio de 2009.