
Fábio Santini e Nilo Guimarães. Foto: Baguete.
A Neteye, empresa de especializada em gestão de ativos de TI de São Leopoldo, está apostando nas empresas usuárias de sistemas de CAD para promover a internacionalização dos seus negócios.
Fábio Santini, CEO da empresa, e Nilo Guimarães, chefe de desenvolvimento de negócios da companhia, participaram do Solidworks World 2013 em Orlando como uma maneira de captar novas revendas.
No último ano, a empresa quase triplicou seu número de canais, ando de 12 para 30. O faturamento cresceu 50% e a base instalada alcançou 40 mil licenças.
Destes novos canais, cinco ficam no exterior, incluindo um na Venezuela, Argentina, México e dois em Portugal.
Todos os canais no exterior são também canais da Solidworks e fazem parte da rede de relacionamentos de Guimarães, que atua há anos no mercado de CAD por meio da revenda Max3D.
“Empresas de engenharia são um excelente clientes potencial para o Neteye”, explica Guimarães, explicando que com a solução é possível controlar a produtividade dos funcionários, a configuração das máquinas e o status das licenças dos softwares instalados.
Com os softwares de CAD custando na faixa dos US$ 8 mil, instaladas em poderosas workstations comandadas por projetistas com altos salários, é fácil ver as possibilidades de ganho proporcionadas por uma gestão de TI atenta.
No material distribuído na Solidworks World, a Neteye faz a conta: uma hora de navegação não relacionada a trabalho na Internet por dia (uma estimativa modesta), vezes cinco dias por semana, vezes 12 meses, vezes 100 empregados ganhando US$ 10 por hora é igual a US$ 240 mil.
Além da aproximação com as revendas da Solidworks, a estratégia da Neteye inclui também a contratação da consultoria Outsourcing Brasil, comandada por Robert Janssen, um executivo com bom relacionamento no Vale do Silício e conhecimento do mercado brasileiro.
Santini fica nos Estados Unidos após o final da Solidworks World nesta quarta-feira, 23, e tem na agenda reuniões com um VP da SalesForce e outras empresas no Vale do Silício com modelo de negócio baseado em software como serviço.
“O SaaS e cloud computing é cada vez mais como o consumidor americano quer comprar TI”, explica Janssen, destacando que parte da estratégia de colocação no mercado dos Estados Unidos a também por vender o Neteye como uma ferramenta de incremento de produtividade e não de segurança, um approach mais promissor em um mercado ainda em recuperação após a crise.
Hoje a empresa já está num estágio intermediário com 62% da base de licenças instaladas sendo paga por aluguel mensal. Uma implementação típica de 200 licenças é feita remotamente em poucas horas.
Parte da preparação para o mercado internacional a também pela contratação das empresas gaúchas Hypervisual e Zero Defect, para melhorar a interface e a estabilidade do produto.
Maurício Renner cobre a Solidworks World em Orlando à convite da Solidworks.