
Cerca de 30 mil produções da Cinemateca Brasileira serão inseridos no "Netflix do governo". Foto: Divulgação.
O Ministério da Cultura está desenvolvendo uma plataforma de distribuição de vídeos nacional que contará inicialmente com 30 mil títulos.
No ano ado, o ministério chegou a confirmar a existência do projeto, mas disse que o modelo do serviço, assim como o investimento em base tecnológica e as formas de licenciamento e remuneração estavam sendo estudadas.
Agora, há mais informações sobre o serviço. Segundo o blog do Fernando Rodrigues, a Secretaria do Audiovisual (SAV), vinculada ao Ministério da Cultura, gastará R$ 10 milhões na criação do “Netflix brasileiro''.
Cerca de 30 mil produções da Cinemateca Brasileira serão inseridos na plataforma, que também terá conteúdos da rede pública de televisão, títulos de baixo orçamento e de editais, como o DOCTV América Latina.
O projeto também determina o intercâmbio de conteúdos de nações da LP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa).
A plataforma usará soluções híbridas na difusão de conteúdos, como transmissões móveis por meio de sinal UHF, redes P2P e CDN. Assim, será possível assistir aos filmes sem internet, a partir de receptores dedicados para TVs que recebam o sinal via UHF.
Inicialmente, o projeto terá transmissão gratuita, mas a SAV não descarta cobrar pelo o a determinados tipos de conteúdo no futuro.
Por enquanto, a plataforma não tem um nome oficial, sendo chamada de VOD Brasil (Video on Demand) pelos idealizadores.
Para distribuir o conteúdo, o governo distribuirá 12 milhões de receptores a famílias inscritas no Bolsa Família e no Cadastro Único Para Programas Sociais. Os aparelhos receberão sinal digital e terão tecnologia para captar conteúdos do VOD Brasil via radiodifusão.