
Diogo Louro, diretor de produto da Nimbi. Foto: divulgação.
A Nimbi, companhia especializada em software de gestão de supply chain, contratou a Hub Fintech, focada em soluções Banking as a Service para o mercado B2B2C, para construir toda a infraestrutura tecnológica do seu banco digital.
Com a tecnologia no modelo white label, a Nimbi vai começar a prover serviços financeiros aos usuários da sua solução de gestão de frete e projeta transacionar R$ 1 bilhão até dezembro de 2021.
Antes da conta digital, a plataforma de gestão já contava com funcionalidades como planejamento de viagem, negociação, emissão de documentos, antecipação de recebíveis e pagamento para transportadores e caminhoneiros.
Agora, os clientes que utilizarem a conta receberão um cartão bandeirado, a tag do vale-pedágio já vinculada à conta para utilização em praças de pedágio e poderão antecipar recebíveis para os transportadores e caminhoneiros.
“A Hub Fintech oferecia tudo o que nós precisávamos para criar um banco digital, ou seja, os processos, a geração de boletos e tudo mais que envolve regulamentos bancários por estar conectada ao Banco Central e aos demais parceiros”, conta Diogo Louro, diretor de produto da Nimbi.
O executivo destacou que, com a solução, foi possível delegar o desenvolvimento dessas soluções e, consequentemente, poder concentrar o foco de atuação no core business da empresa.
“Esperamos que até dezembro de 2021, tenhamos mais de 5 mil usuários das contas digitais. Todo esse potencial é possível considerando que o mercado de fretes movimenta bilhões por ano e está carente de soluções inovadoras para atender esse público”, afirma Alexandre Brito, CEO da Hub Fintech.
Fundada em 2015, a Hub FinTech é uma empresa do Grupo Sforza, holding de investimentos da família Wizard Martins.
Com mais de 4 milhões de contas ativas, 500 transações por segundo e 18 mil pontos para saque, a empresa conta com capacidade para embossing de mais de 30 milhões de cartões ao ano, licenças de emissão Mastercard e Visa, plataforma proprietária de adquirência e conectividade via API’s.
Fundada em 2000, a NImbi tem sede em São Paulo e operações em diversos países, entre eles Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e México. A companhia teve faturamento R$ 35,8 milhões em 2018, último ano que divulgou resultados, com alta de 33%.
Nos últimos cinco anos, a empresa já transacionou mais de R$ 170 bilhões em sua plataforma, monitorando 1,9 milhão de entregas de carga.
A organização possui mais de 270 mil empresas cadastradas em seu marketplace. No seu portfólio, estão clientes como Vale, Ambev, Leroy Merlin, Loggi, Faber Castell, Danone, Madeira Madeira, 99 e CVC.
O mercado potencial é enorme: segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o país possui mais de 1,1 milhão de veículos com registro para transporte de cargas em transportadoras e cooperativas.
O setor de logística no Brasil movimenta por ano cerca de US$ 70 bilhões, de acordo com a Associação Brasileira de Logística (Aslog), o que é 20% do PIB brasileiro.
Uma prova do potencial é que já existem outras empresas de olho no mesmo nicho que a Nimbi está mirando.
No final do ano ado, o Grupo Randon, um dos maiores conglomerados industriais do país, e a 4all, dona de nove startups nas áreas de pagamento e mobilidade, lançaram uma fintech focada no segmento de logística e transportes.
Ainda há muito mistério em torno do chamado "projeto R4", mas já se sabe que ele é uma "solução de banking para o setor lógistico".