
Fernando Miranda, CEO da Easynvest; David Vélez e Cristina Junqueira, fundadores do Nubank. Foto: divulgação.
O Nubank acaba de levantar US$ 400 milhões em rodada de investimento pré-IPO, que precede sua listagem na Nasdaq, sendo avaliado em US$ 25 bilhões.
Segundo o site Brazil Journal, o novo valuation faz a fintech valer o mesmo que o Santander Brasil, a metade do Itaú, pouco mais do que a XP Investimentos e 140% do Banco do Brasil. O banco afirma ter se tornado a quarta maior instituição financeira da América Latina.
A rodada série G foi liderada pelo GIC, o fundo soberano de Singapura, Whale Rock, um hedge fund de Boston, e a Invesco, gestora global que istra US$ 1,3 trilhão. A Tencent, o Dragoneer, a Ribbit Capital e o Sequoia, que já investiam no banco, acompanharam a rodada.
O valor implica que os investidores estão pagando US$ 735 por cliente do Nubank, comparado a um valuation de US$ 685 por cliente no Banco Inter, considerando-se seu valor de mercado no fechamento da última quarta-feira, 27.
Trata-se de mais que o dobro da última captação do Nubank. Em meados do ano ado, o banco digital levantou US$ 300 milhões e foi avaliado em US$ 10 bilhões.
Além disso, o Nubank bateu a marca de 34 milhões de clientes, uma base bem próxima à do Itaú, que conta com 55 milhões de correntistas. Nos últimos 12 meses até setembro, o Nubank adicionou em média 41 mil novos clientes por dia.
Com o novo aporte, a empresa pretende fortalecer as operações do Nubank na Colômbia e no México, mercados em que o banco entrou recentemente. Mais de 1 milhão de colombianos e 200 mil mexicanos já se cadastraram para receber um cartão de crédito do banco.
A companhia também vai usar os recursos para continuar expandindo seus negócios no Brasil. Em setembro, o banco comprou a corretora Easynvest para entrar em investimentos e, recentemente, lançou produtos de seguros.
As novas verticais devem ajudar a melhorar a monetização do banco, que ainda tem dificuldade de extrair valor de sua base.
No primeiro semestre de 2020, o Nubank teve uma receita de R$ 1,3 bilhão e um prejuízo de R$ 95 milhões, 32% menor que o do mesmo período do ano anterior.
Desde a sua fundação, a fintech já captou mais de US$ 1,8 bilhão por meio de oito rodadas de investimentos e teve receita de R$ 2,1 bilhões em 2019, com prejuízo triplicado no mesmo período.
Atualmente, o banco digital tem cerca de 2,4 mil funcionários, divididos entre São Paulo, Berlim, Cidade do México e Buenos Aires.