
Chuva de milhões para a Nuvemshop. Foto: Pexels.
A Nuvemshop, plataforma de comércio eletrônico argentina com grande presença no Brasil, acaba de levantar US$ 500 milhões (R$ 2,6 bilhões) em uma rodada liderada pela Insight Partners e Tiger Global Management.
O aporte avalia a empresa em US$ 3,1 bilhões, o que torna a Nuvemshop a sexta startup de tecnologia de latino americana de maior valor, só atrás de Nubank (US$ 30 bilhões), Rappi (US$ 5,25 bilhões), C6 Bank (US$ 5,05 bilhões), QuintoAndar (US$ 4 bilhões) e Kavak (US$ 4 bilhões), segundo ranking da consultoria americana CB Insisghts.
No começo do mês, o site americano The Information já havia revelado que uma negociação com o Tiger Global Management já estava em curso, com uma avaliação em torno de US$ 2 bilhões (na ocasião, a Nuvemshop desmentiu tudo).
Essa é a terceira rodada de investimentos da Nuvemshop desde outubro de 2020. No total, incluído o aporte que está sendo anunciado, a startup levantou US$ 620 milhões (aproximadamente R$ 3,2 bilhões) em apenas 10 meses, revela o Neofeed.
Segundo o site, o dinheiro vai ser investimento no desenvolvimento da plataforma, um ecossistema de aplicativos associados, soluções financeiras e de logística.
Com 90 mil clientes, a grande maioria no Brasil, a empresa tem mais de 400 colaboradores trabalhando em home office nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba e diversos outros estados do Brasil, além de Buenos Aires e Cidade do México.
Este ano, a companhia estima ultraar R$ 7 bilhões no total de vendas dos clientes (GMV) na América Latina. Em 2020, este montante foi de R$ 3,5 bilhões, aumento de 280% em relação a 2019.
A empresa surfa na onda da pandemia, que aqueceu tudo o que tem que ver com comércio eletrônico. No caso do Brasil, no entanto, ainda há muita margem para crescer, o que deve chamar ainda mais atenção de investidores.
A penetração do e-commerce no varejo brasileiro dobrou em 2020, saltando de 5% para 10%, enquanto a participação no mercado chinês beira os 50%, segundo pesquisa da e-Marketer. O índice chega em torno de 30% em territórios como Reino Unido e Coreia do Sul.