
Felipe Boff, editor-executivo da revista. Foto: divulgação
A revista O Caxiense, que também utilizava o site e as mídias sociais para fazer jornalismo 2.0, anunciou nesta quinta-feira, 28, o encerramento de suas atividade.
Depois de três anos e três meses, a empresa alega em nota um o “retorno comercial insatisfatório, situação que se agrava diante de um aumento exorbitante dos preços de impressão”. A principal receita era a publicidade.
A versão impressa da publicação de Caxias do Sul era semanal e tinha características de jornalismo literário, com capas que dava destaque para uma foto única. Recentemente, fez o “Wikileaks dos Pedágios” que reuniu 28 páginas de documentos sobre a concessionária de pedágio da região e a arrecadação de dinheiro na rodovia.
Conforme o diretor-executivo e um dos fundadores do veículo, Felipe Boff, a revista tinha tiragem de 5 mil exemplares, com circulação mista (paga e gratuita).
No anúncio, a empresa diz também que não serão mais publicadas as notícias diárias no portal, que tinha 30 mil os ao mês, e nos aplicativos para mídias móveis.
Em 2011, O Caxiense tornou-se o primeiro jornal do Rio Grande do Sul a ter um app para iPhone, desenvolvido pela Flip Studio, largando na frente de empresas de nível nacional na região. Era comum também ver a mídia utilizar como estratégia a experimentação de novas redes sociais e a forte presença nas tradicionais.