
A brasiliense Omni Comércio e Serviços venceu a licitação dos dois lotes de 100 mil notebooks adquiridos pelo governo do Rio Grande do Sul para o programa Professor Digital.
Com uma oferta de R$ 1450 para as máquinas com Windows e R$ 1256 para a opção com OpenSuse e BrOffice, a venda total da empresa soma R$ 270,6 milhões.
A configuração de hardware para as duas máquinas é a mesma: processador de núcleo duplo arquitetura x86, disco rígido de 320 GB, 2GB de RAM, placa de o a rede sem fio, entre outras especificações.
O governo gaúcho obteve no pregão eletrônico realizado nesta quarta-feira, 28, uma redução de 10,2% e 9,37% nos valores máximos que se dispôs a pagar no edital do projeto, publicado na quinta, 15.
A reportagem do Baguete Diário procurou Ommi, mas a empresa não deu entrevista até o fechamento desta edição.
Uma fonte do mercado de hardware ouvida pelo Baguete Diário avalia como “muito bom” o negócio fechado pelos brasilienses, se o hardware entregue for de uma fabricante nacional, como a Positivo – em uma primeira versão do edital, os ganhadores eram das marcas Lenovo, Itautec e Positivo.
“O deságio de 10% conserva muita margem, principalmente na máquina com Windows, onde eles certamente teriam autorização da Microsoft para reduzir o valor do software”, comenta a fonte, que preferiu não se identificar.
Para essa fonte, a diferença de valor de R$ 194 entre a máquina com Windows e a com OpenSuse e OpenOffice deve favorecer a opção da Microsoft, tendo em conta o parcelamento em 36x oferecido aos professores.
O pregão eletrônico desta quarta, 28, pode ser o fim da espera de 32 mil professores que já manifestaram interesse por adquirir as máquinas compradas pelo governo a preços subsidiados.
Uma primeira versão do Professor Digital chegou a fazer um pregão para 80 mil notes no final do ano ado, mas o governo acabou tendo que fazer um novo edital, pressionado pela Associação Software Livre, que iniciou uma batalha legal contra o que acreditavam serem irregularidades no processo.