TENSÃO

Ontário rasga contrato de US$ 68 mi com Starlink 20684p

Decisão é uma retaliação às tarifas recentemente impostas por Trump ao Canadá. 3r5f1c

03 de fevereiro de 2025 - 16:45
Doug Ford, Premier de Ontário - Foto: Governo de Ontário

Doug Ford, Premier de Ontário - Foto: Governo de Ontário

A província de Ontário, uma das mais ricas do Canadá, suspendeu um contrato de quase US$ 68 milhões (cerca de R$ 400 milhões) com a Starlink, do bilionário e membro do governo americano Elon Musk.

A decisão foi divulgada por Doug Ford, primeiro-ministro da província, em seu perfil do X logo após Trump anunciar que taxaria os produtos canadenses em 25%. Ford frisou que, a partir daquele momento, nenhuma empresa estadunidense participaria de licitações na região de Ontário.

“Vamos rasgar o contrato da província com a Starlink. Ontário não faz negócios com pessoas empenhadas em destruir nossa economia”, declarou Ford. 

Desde novembro, Ontário tinha um acordo fechado com a Starlink para levar o à Internet a 15 mil lares em comunidades remotas e rurais da província. Musk, além de dono da Starlink e do X, é o atual chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA (DOGE).

O primeiro-ministro considerou o ataque americano injustificado e disse que os Estados Unidos deveriam olhar e se preocupar com outros países, e não com os mais próximos.

Para o chefe de Estado, tal medida dos EUA e de Trump causará inflação, aumento das taxas de juros em ambos os lados e a perda de aproximadamente 500 mil empregos em Ontário.

Segundo dados de agências da província, Ontário gasta US$ 20 bilhões todos os anos em compras governamentais com empresas dos EUA, um valor que pode ser perdido por companhias americanas nessa possível guerra comercial.

Ontário responde hoje por 40% do Produto Interno Bruto (PIB) do Canadá, contando com Toronto, a cidade mais populosa do país, e Ottawa, a capital nacional.

No último sábado, 1, Trump assinou um decreto para impor uma tarifa de 25% sobre todos os produtos canadenses e mais 10% sobre petróleo, gás natural e eletricidade do Canadá, já a partir de terça-feira, 4.

Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, comunicou que faria o mesmo com os produtos americanos, taxando itens que vão de frutas ao álcool.

No domingo, 2, Trump dobrou a aposta e zombou do Canadá, dizendo que o país deixa de ser viável economicamente e que, se quisessem preços melhores e proteção militar, deveriam aceitar ser anexados como o 51º estado americano.

Trump anunciou que também adotaria a mesma medida contra o México e a China, alegando que esses países não fazem nada para conter a entrada de fentanil e de estrangeiros ilegais nos EUA. 

O presidente afirmou, ainda, que seus próximos alvos seriam a Europa e seus aliados.

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