
Rodrigo Galvão fará uma palestra na Campus Party.
A Oracle participará pela primeira vez da Campus Party, evento de tecnologia que começa nesta terça-feira, 12, em São Paulo.
A multinacional terá um “lounge”, com intensa programação focado no público jovem e desenvolvedores que frequentam a feira.
Já há uma década no Brasil, a Campus Party migrou das suas raízes, muito centradas em torno da cultura “nerd” para ser um evento mais amplo de tecnologia, incluindo temas de empreendedorismo e palestras sobre tendências, por exemplo.
A edição do ano ado trouxe nomes como Don Tapscott, o papa do Blockchain. Mais de 100 startups participaram do programa Startup & Makers, cujo objetivo é impulsionar e capacitar jovens talentos e empreendedores.
Um número de grandes marcas tem batido ponto no evento, incluindo a Ford, Visa, TV Globo e Petrobrás.
A Oracle é um dos poucos nomes ligados a TI mais corporativa que marca presença na Campus Party, até onde a reportagem pode averiguar. A IBM esteve presente em algumas edições.
O presidente da Oracle do Brasil, Rodrigo Galvão, fará uma participação especial, com uma palestra sobre sua carreira, empreendedorismo e inovação.
Galvão assumiu o cargo em 2017 e começou a carreira na Oracle como trainee em 2002. O executivo tem um estilo despojado que pode ressonar com o público do Campus Party.
A Oracle parece estar em um momento aberto para experiências visando revitalizar a empresa.
No ano ado, a companhia deixou de fazer o seu evento anual no super manjado centro de convenções Transamérica, na zona sul da cidade, para fazer uma abordagem mais aberta no Parque do Ibirapuera.
Na semana ada, a companhia anunciou a criação de um programa de estágio baseada na chamada “entrevista de trabalho às cegas”, na qual, como o nome diz, os responsáveis pela seleção não sabem com quem estão falando, pelo menos nas fases iniciais.
A multinacional não dá muitas pistas de como isso vai funcionar na prática, fora uma certa dose de oba-oba ao descrever que o processo será “repleto de soluções tecnológicas, como inteligência artificial, chatbots, experimentação de cloud (nuvem)”.
Mais do que abdicar de saber quem são os selecionados, pelo menos na primeira fase, a Oracle também afirma que não vai se orientar por “critérios tradicionais” como idade, habilidades técnicas e fluência em línguas.
A empresa só pede conhecimento básico do idioma inglês e ter nível superior ou técnico, durante a duração do programa (de 13 a 18 meses), além das clássicas exigências genéricas como “viver para a excelência”, “ser uma pessoa apaixonada”, “ter espírito de startup”, algo filosóficas como “encarar a verdade” ou meio assustadoras como “ser obcecado por nossos clientes” (calma pessoal).
O chamado Generation Oracle foi criado por um grupo multidisciplinar de cinco colaboradores brasileiros da Oracle, que tiveram a oportunidade de participar de edições anteriores dos programas de estágio e trainee, estando, por tanto, mais ou menos na faixa etária do público alvo agora.