
Alexandre Arnold, diretor de Tecnologia e Inovação da Panvel.
A Panvel, uma das principais redes de varejo farmacêutico no Brasil, ou a integrar a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), como parte de um esforço por estreitar relacionamento com startups de Santa Catarina.
Com a entrada na Acate, o Panvel Labs, laboratório de inovação da companhia, a a participar de encontros periódicos promovidos pela Acate com startups donas de tecnologias para varejo.
Em julho, o CIO do Grupo Panvel, Alexandre Arnold, deve participar do Varejo Tech Day, segundo a Acate, um dos maiores eventos do país focado no nicho de varejo.
A Panvel é sediada em Porto Alegre e tem a maior parte das suas 600 lojas no Rio Grande do Sul. Santa Catarina tem 86.
No Rio Grande do Sul, a Panvel já é uma das mantenedoras do Instituto Caldeira, hub de inovação e tecnologia com sede em Porto Alegre e apoiado em peso pelo PIB gaúcho.
Julio Mottin Neto, CEO da Panvel, é um dos fundadores do Instituto Caldeira e membro de seu conselho.
Pelo que parece, a Panvel quer ampliar o alcance dos seus programas voltados para startups, nos quais estão envolvidas hoje 26 empresas, mas apenas três de Santa Catarina, um dos polos nacionais no tema inovação.
"Santa Catarina, em especial Florianópolis, tem um ecossistema maduro de inovação e fomenta a construção de uma economia baseada em tecnologia. Por isso, queremos fazer uma imersão nesse ecossistema e aprofundar ainda mais a nossa presença no Estado através de parcerias com empresas locais. A Acate vai acelerar a nossa conexão com as startups”, afirma o diretor de Tecnologia e Inovação da companhia, Alexandre Arnold.
A entrada da Panvel é um marco importante para a Acate, que na última década vem fazendo diferentes movimentos para se converter em um ator nacional na área de tecnologia.
A Acate tem hoje cerca de 30 grandes empresas envolvidas em programas similares ao da Panvel. A maioria delas, no entanto, são organizações catarinenses como Weg, Grupo Nexxes e Intelbrás.
O movimento de expansão também se dá no campo da representação política.
Nos últimos anos, a Assespro-PR, capítulo paranaense da entidade nacional de empresas de tecnologia, se converteu na Acate-PR, um desdobramento no Paraná da Acate.
No final de 2020, a Acate já havia incorporado o capítulo catarinense da Assespro, a Assespro-SC, depois de o mesmo ter decidido deixar de atuar.
Assim, a Acate ganha influência na Assespro, a principal entidade empresarial de TI no segmento de pequenas e médias empresas do país, tornando-se um ator relevante em Brasília.