
Guilherme Calheiros. Foto: Divulgação
Guilherme Calheiros, ex-gerente de Relações Institucionais do CESAR, um centro de inovação baseado em Recife, foi nomeado secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), nesta quarta-feira, 21.
Calheiros é um nome experiente no ecossistema de inovação do país. Antes de entrar no CESAR, ainda em maio deste ano, ele foi por oito anos diretor de inovação e competitividade do Porto Digital, parque digital pernambucano que é uma referência nacional.
O novo secretário também tem uma conexão política com a atual ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos: ele foi diretor de Ciência e Tecnologia da de Olinda entre 2005 e 2006, parte do período em que Santos foi a prefeita da cidade pelo PCdoB.
Calheiros foi depois secretário de desenvolvimento econômico, ciência, tecnologia e inovação do Recife, vice-presidente de ambientes de inovação do Fórum Inova Cidades, vinculado à Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) e membro do conselho de istração da Softex Nacional, entre outros cargos.
A nomeação de Calheiros é algo chamativa, porque ela aconteceu meses depois das de outros dois secretários do ministério, feita ainda no começo de fevereiro.
Foi nomeada Márcia Barbosa, doutora em Física pela UFRGS, para a secretaria de Políticas e Programas Estratégicos, responsável pela gestão de políticas como a Lei de Informática e a Lei do Bem.
O outro nomeado foi o ex-senador Inácio Arruda (PCdoB), como secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social, onde são geridos os programas nacionais de desenvolvimento.
As nomeações dos secretários foram precedidas por uma dose de pressão pública das principais entidades de tecnologia do país, que publicaram uma carta aberta pedindo a nomeação para as secretarias de pessoas com “formação e perfil técnicos e conhecimento prévio do funcionamento do ministério”.
Uma manifestação relativamente rara, a carta foi assinada por uma série de entidades de peso da área de tecnologia incluindo a Brasscom, a Assespro Nacional, a Abes e a Acate; pela Abinee, a principal entidade da indústria eletro-eletrônica, além da Anjos do Brasil, Câmara e-Net, Abranet e Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança, entre outras.