
Henning von Koss.
Henning von Koss, ex-COO da startup de tecnologia para a área de saúde Med, acaba de assumir o cargo de CEO da Paquetá, fabricante e varejista gaúcha de calçados que atravessa um momento complicado.
Koss fez carreira na gigante alemã de química Bayer, onde ou mais de 20 anos e chegou a ser presidente para a região dos países andinos.
Desde a saída da Bayer, Koss ou por alguns altos cargos em diferentes empresas, incluindo a posição de COO na Amil e CEO na fabricante de pneus Levorin.
O cargo de CEO estava vago desde fevereiro, quando saiu da empresa Hermínio de Freitas, a primeira pessoa de fora das famílias fundadoras a comandar o negócio. Freitas foi contratado em 2016, ao final de um processo de reorganização iniciado em 2010.
A movimentação foi feita sem alarde e ou batida pela imprensa, com exceção deste observador site que vos serve. A Paquetá é uma das maiores empresas do Rio Grande do Sul, com faturamento na faixa dos R$ 2 bilhões.
No final de janeiro, dias ou semanas antes de Freitas sair da Paquetá, uma matéria na Zero Hora comemorava os resultados do CEO, enfatizando que o grupo gaúcho dava “sinais de ter ado o período mais duro da crise, quando precisou lidar com pesado endividamento”.
Pois parece que a coisa não foi bem assim, porque Koss concedeu uma nova entrevista para a ZH, junto com o recém contratado VP istrativo e financeiro Luiz Augusto Polacchini, ex-diretor financeiro da Gerdau, e os dois explicaram que a situação é complicada.
Os dois revelam que após a saída de Freitas foi contratada a consultoria Galeazzi, conhecida pela ferocidade com que corta custos.
Para ajudar no pagamento de dívidas que chegam sete vezes a geração de caixa, a consultoria enxugou lojas, redefiniu franquias, renegociou com fornecedores e vai vender ativos não operacionais.