
Paquetá quer se tornar mais atrativa para fundos. Foto: divulgação.
A Paquetá, uma das maiores empresas do Rio Grande do Sul, entrou com um pedido de recuperação judicial nesta segunda-feira, 24.
O valor das dívidas coberto pela proposta, protocolada no sistema eletrônico do Judiciário, é de R$ 638,5 milhões.
Segundo informações da Zero Hora, estão na atuando na empresa a consultoria Galeazzi, conhecida pelo seu ímpeto em cortar custos e o escritório de João Pedro Scalzilli, especializado em recuperação judicial.
A Paquetá fatura cerca de R$ 1,3 bilhão ao ano, tem 10.250 funcionários, 11 fábricas, 148 lojas próprias e 86 franquias.
Nos últimos tempos, a empresa demitiu 600 empregado e fechou fábricas na República Dominicana e na Argentina, teve atividades encerradas.
De acordo com advogados da empresa ouvidos pela ZH, objetivo do pedido de recuperação judicial é tornar a Paquetá mais atrativa para fundos de private equity e investidores que possam capitalizar o negócio.
Quando um investidor ou fundo empresta dinheiro para uma empresa já em recuperação judicial, ele tem preferência para receber caso o plano de recuperação não dê certo.
No final do ano ado, a Paquetá anunciou um novo CEO, Henning von Koss, ex-COO da startup de tecnologia para a área de saúde Med.
Koss fez carreira na gigante alemã de química Bayer, onde ou mais de 20 anos e chegou a ser presidente para a região dos países andinos.
O cargo de CEO estava vago desde fevereiro de 2018, quando saiu da empresa Hermínio de Freitas, a primeira pessoa de fora das famílias fundadoras a comandar o negócio. Freitas foi contratado em 2016, ao final de um processo de reorganização iniciado em 2010.