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Antônio Feldmann (PMDB), Milton Corlatti (DEM), Marcos Daneluz (PT), Luis Fernando Possamai (PSOL)e Assis Melo (PCdoB).
Caxias do Sul finalmente terá seu parque tecnológico.
Pelo menos foi o que garantiram cinco dos cinco candidatos à prefeitura da cidade, durante uma edição especial do Bom-dia TI, realizada pelo Trino Polo e Sebrae-RS nesta quinta-feira, 06.
Antônio Feldmann (PMDB), candidato à vice na chapa de Alceu Barbosa Velho (PDT), e os candidatos a prefeito Assis Melo (PCdoB), Luis Fernando Possamai (PSOL), Marcos Daneluz (PT) e Milton Corlatti (DEM) se comprometeram com a causa em graus diferentes de ênfase e mesmo, aparentemente, entendimento do que ela significa.
Dos cinco participantes, o situacionista Feldmann foi o único a trazer uma apresentação preparada e a falar a maior parte do tempo sobre tecnologia.
O ex-secretário de Cultura durante o governo José Ivo Sartori destacou que o apoio ao parque está no programa de governo, mas foi cauteloso sobre o assunto.
“Não vamos criar um parque sozinhos. Mas prometo ser um vice prefeito dedicado a articular esse investimento que é estratégico para Caxias do Sul”, afirmou Feldmann, cuja chapa lidera na primeira pesquisa divulgada pelo Ibope nesta quarta, 05, com 41% das intenções de voto.
Parte da cautela pode se dever a um certo telhado de vidro.
Desde que o projeto de construir o parque tecnológico em uma área da UCS foi travado pela universidade, em 2007, durante a primeira gestão Sartori, a prefeitura tem sido cobrada para determinar uma área física para a iniciativa, sem a qual não é possível captar verbas em nível estadual e federal.
O pemedebista destacou que o plano de governo para área de TI contou com participação de empresários da área conhecidos na cidade como Fabiano Vergani, diretor da BitcomNet e ex-presidente da InternetSul e do CETI e Mário Sebben, presidente do grupo Datasys e ex-presidente do Seprorgs.
Assis Melo (PCdoB), em segundo lugar nas pesquisas com 22%, apresentou propostas em geral em áreas como saúde e educação, afirmando durante sua apresentação o compromisso com a criação de um “polo de informática” na cidade, destacando ter assistido uma apresentação sobre o assunto feita pelo Trino Pólo na Câmara de Vereadores.
Marcos Daneluz (PT), que nas pesquisas aparece em terceiro com 11%, se comprometeu com a criação de um parque e afirmou que pretende criar um conselho de desenvolvimento econômico e social nos moldes do existente em nível estadual, com participação do TrinoPolo.
Em sua primeira experiência na política, Milton Corlatti (DEM) foi o segundo a falar mais sobre tecnologia, sem poupar críticas aos demais candidatos e à UCS.
“Tem candidatos falando aqui sobre seu apoio à criação de um polo de tecnologia. Só que ele já existe e é liderado pela Trino Pólo, que precisa ter seu trabalho reconhecido”, cutucou Corlatti, criticando indiretamente Assis Melo.
O ex-presidente da CIC Caxias também alfinetou a UCS, que teria “engavetado” o projeto do TecnoUCS, parque tecnológico liderado pela universidade.
“Não podemos prometer, temos que fazer”, resumiu Corlatti, que conta com 2% das intenções de voto.
Luís Fernando Possamai (PSOL), em quinto na pesquisa do Ibope, com menos de 1%, prometeu a criação de uma secretaria de microempresas e tecnologia, além do corte de 50% dos CCs, 70% dos gastos de publicidade e de impostos municipais.
E seguiu a tônica de mencionar seu apoio ao projeto do parque.
O presidente do Trino Polo, Antonio Augusto Tessari, comemorou o apoio unânime dos candidatos ao projeto.
“Depois das eleições, vamos agir de acordo e cobrar movimentação no sentido de disponibilizar uma área pública”, afirmou Tessari.
De acordo com o presidente da entidade, o futuro parque precisa de uma área de no mínimo cinco hectares, para estar habilitada a participar dos editais com recursos do governo do estado, além de estar localizada em uma área com bom o a energia e conexões de internet.
Nos bastidores, o compromisso dos candidatos não gerou lá muita confiança.
“Pronto, agora teremos cinco parques tecnológicos”, brincou um empresário de TI após o evento.
Caberá ao eventual vencedor das eleições mostrar ao cético que ele estava errado.