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Foto: Agência Brasil.
A Polícia Federal está investigando possíveis financiadores ou compradores de informações ligados ao brasileiro preso recentemente sob a suspeita de integrar o grupo hacker internacional Lapsus$.
Segundo a Folha de São Paulo, isso está sendo feito através da análise das transações financeiras e dos valores encontrados em criptomoedas com o suspeito.
Nas dezenas de terabytes de arquivos armazenados pelo suspeito, a PF já encontrou cerca de R$ 15 milhões em criptoativos e uma propriedade rural avaliada em R$ 2 milhões.
A Folha apurou que parte dos valores seria proveniente da venda de banco de dados de instituições. O objetivo agora seria descobrir se o restante tem origem em financiadores dos ataques ou em compradores do conteúdo roubado dos alvos.
A investigação tramita na Diretoria de Inteligência Policial (DIP) da PF e conta com o apoio de peritos especializados em crimes cibernéticos e em informática para analisar o material coletado com o brasileiro. A reportagem não localizou a defesa do acusado.
O rapaz de 24 anos foi preso no último dia 19 na cidade de Feira de Santana, no interior da Bahia, como suspeito de ser o principal hacker do Lapsus$ no Brasil.
O grupo é apontado pela PF como responsável pela invasão e derrubada de sistemas de órgãos públicos e de empresas no Brasil, Estados Unidos, Portugal e Colômbia.
No Brasil, alguns dos alvos foram Ministério da Saúde, Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério da Economia, Escola Nacional de istração Pública (Enap), Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Correios.
Em dezembro de 2021, um desses ataques tirou do ar o ConecteSUS, responsável pelo certificado nacional de vacinação.
O grupo também é suspeito por ataques às empresas Microsoft, Samsung, Nvidia, Localiza, Sociedade Independente de Comunicação, canal televisivo privado em Portugal, e Electronic Arts.