PNBL: novo round na BITS 272p3m

A saga da Telebrás contra as teles teve mais um capítulo nessa terça-feira, 10, durante a Business IT South America (BITS), em Porto Alegre. No evento, representantes das operadoras e Rogério Santanna, gaúcho presidente da estatal responsável pela gestão do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) mais uma vez debateram de longe, sem ficar frente a frente. 9105y

10 de maio de 2011 - 17:56
Rogério Santanna

Rogério Santanna

A saga da Telebrás contra as teles teve mais um capítulo nessa terça-feira, 10, durante a Business IT South America (BITS), em Porto Alegre.

No evento, representantes das operadoras e Rogério Santanna, gaúcho presidente da estatal responsável pela gestão do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) mais uma vez debateram de longe, sem ficar frente a frente.

Os ataques partiram de João Moura, presidente executivo da Telcomp, que participou de evento sobr a cooperação Brasil-União Europeia, na parte da manhã.

“A Telebrás é muito bem-vinda, mas ela que respeite as regras de mercado, jogue limpo”, alfinetou o dirigente.

As críticas principais de Moura são referentes ao preço (de R$ 35 ao mês por uma velocidade de 1 Mbps, como reza o PNBL), que o executivo chamou de distorcido e prejudicial. Além disso, as teles insistem numa regulamentação do atacado de internet no Brasil.

Santanna respondeu:

“O que eles querem? Ganhar dinheiro com poucos? A Telebrás veio para ser lucrativa e concorrer. Eles que reduzam as margens deles, que são muito altas. A verdade é que eles têm medo e ganância”, rebateu Santanna.

Hoje, a banda-larga no Brasil fica entre R$ 96 e R$ 49 em pacotes de entrada, conforme informações divulgadas pela Oi. Segundo dados do Ipea, caso o preço cobrado fosse reduzido ao patamar do governo, o número de residências conectadas aria dos atuais 12 milhões para 35 milhões.

“Para isso, Anatel e empresas têm que combinar esforços. O país não tem demanda para sustentar o investimento a esse preço”, disse Paulo Mattos, vice-presidente de regulamentação do Grupo Oi.

 
Na opinião de Mattos, uma maior participação do governo é o caminho para popularizar o serviço. Já Moura sugere uma outra via.
 
“O governo tem é que fomentar a demanda de serviços para o setor de telecom em vez de ficar investindo mundos e fundos na Telebrás”, desferiu o dirigente da Telcomp.
 
Santanna acha a reação natural:
 
“A gente (Telebrás) veio pra cumprir o papel da mutuca, pra tirar o boi do mato, mexer com as operadoras e fazê-las abrir concorrência onde hoje não tem”, contra-atacou o presidente da estatal.

Fiel ao seu discurso, Santanna levantou o moral dos pequenos provedores, que contam com a Telebrás para entrar em novos mercados e com um serviço melhor, e voltou a antagonizar as grandes operadoras, que, segundo o diretor, dificultam seu trabalho.

“Eu, a cada dia, tento levar a pedra morro acima e, sabe como é, se a gente para, a pedra desce de volta”, desabafou Santanna, para quem a força da gravidade se chama lobby das operadoras, capaz de “influenciar parlamentares” e frear o PNBL.

Para Philippe Defraigne, diretor da Cullen International, Santanna não está de todo errado, nem Moura, nem Mattos.

“Três coisas movimentam as ações de telecom em um país: ganância, medo e concorrência”, conclui o diretor, para quem tais rusgas soam bastante naturais.

O EUBrasil e a apresentação sobre banda larga fizeram parte da programação da Business IT South America (BITS), que se realiza até a próxima quinta-feira, 12, no centro de exposições da Fiergs, em Porto Alegre.

e o site do evento nos links relacionados abaixo.
 
* O Baguete Diário cobre a BITS 2010 com patrocínio da HervalTech - HP e TI Work e apoio da Radioativa Produtora, Unirede e Softsul.

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