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Guto Silva.
Acaba de ser formada no Paraná a a Frente Parlamentar de Tecnologia da Informação e Comunicação, sob o comando do deputado Guto Silva (PSD).
O objetivo do novo grupo de trabalho, que já conta com a participação de 21 parlamentares, é promover a organização de ambientes de trabalho para dar mais condições para o setor e promover políticas públicas com foco no segmento, em especial formação de profissionais.
“No Paraná, nós temos uma indústria de tecnologia da informação muito forte e organizada. O segmento percebeu que seria necessário ter interlocução política para buscarmos alternativas para o seu desenvolvimento”, explica Silva.
Silva, de 39 anos, é um político no começo de carreira. Foi o vereador mais votado em Pato Branco, município de 80 mil habitantes no sudoeste do Paraná, onde exerceu três mandatos.
Depois, foi subchefe da Casa Civil do governo do Paraná, cargo que ocupou até março de 2014, antes de se candidatar a deputado estadual pela primeira vez. Silva também foi coordenador do CDTIS (Centro de Desenvolvimento tecnológico do Sudoeste), em 2011.
Frentes parlamentares sobre todo tipo de assuntos, servindo muitas vezes apenas para os deputados marcarem posição sobre temas frente a eleitorados específicos.
A efetividade de uma frente do tipo depende dos nomes envolvidos, do poder de lobby do setor por trás e da receptividade do ambiente político para o tipo de propostas que a frente pode querer levar adiante.
As coisas parecem positivas no Paraná, onde em 2015 o governador Beto Richa assinou um decreto que criou uma governança para a área de Tecnologia da Informação e Comunicações no Paraná, para fomentar o setor.
“Tenho certeza de que com a criação dessa Frente Parlamentar, a governança para a Tecnologia da Informação fica ainda mais forte. Envolvendo setor produtivo, governo e universidades, com certeza teremos grandes políticas para o ramo”, explica o secretário de estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes.
A movimentação para a criação da frente e da política de governança teve apoio da Assespro-PR.
“Assim como o Paraná é destaque no Brasil no agronegócio, temos potencial em número de Arranjos Produtivos Locais (APLs), certificação em qualidade de software e em número de empresas no setor, para também sermos referência em tecnologia”, afirma Sandro Molés, presidente da Assespro-PR.
Um indicador do poderio do segmento é o número de certificados no selo de qualidade de software MPS.BR.
No final de 2015, o Paraná assumiu a posição de estado brasileiro com o maior número de empresas certificadas, com um total de 48 companhias, três a mais do que as do segundo lugar, São Paulo.
A liderança do Paraná, um estado com uma população de 11 milhões, um quarto da paulista, tem que ver com a atuação dos arranjos produtivos paranaenses do setor de software.
Eles foram criados entre 2007 e 2008 e cobrem as regiões geográficas de Curitiba, Campos Gerais, Oeste, Maringá, Londrina e Sudoeste. Um APL é uma organização que reúne empresas e entidades de um determinado setor para promover o desenvolvimento local, por meio de ações de qualificação, por exemplo.
Além dos APLs, Curitiba trabalha para voltar a contar com um agente Softex na capital do Paraná, o que facilitaria o o a recursos alocados pelo governo federal para promover o MPS.BR.