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Precisamos de um CNPJ alfanumérico 4k1m6l

Combinações possíveis no sistema atual só com números vão durar até 2033. d1s1h

11 de fevereiro de 2025 - 11:38
Camille OCampo (Foto: LinkedIn)

Camille OCampo (Foto: LinkedIn)

O setor financeiro brasileiro vive um momento de intensas transformações. Depois do sucesso do Pix e do avanço do Open Finance, uma nova exigência está prestes a testar a capacidade de adaptação dos bancos: a implantação do formato alfanumérico para o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). A Receita Federal do Brasil (RFB) anunciou que a mudança será obrigatória a partir de julho de 2026. A adaptação é muito complexa e embute riscos para as áreas de tecnologia, mas uma grande aliada poderá ser a Inteligência Artificial Generativa.

Primeiramente, é essencial compreender as razões por trás dessa decisão. O sistema atual de CNPJs oferece 100 milhões de combinações numéricas, das quais 60 milhões já foram utilizadas. Mantida a demanda atual, essas combinações se esgotariam até 2033. A transição para um formato alfanumérico é, portanto, uma resposta necessária para garantir a continuidade desse registro fundamental para a economia.

Porém, a implementação dessa mudança está longe de ser trivial. A complexidade técnica e os riscos associados exigem uma reflexão sobre os desafios que bancos, instituições de pagamento e seguradoras terão que enfrentar. Alterar sistemas que já estão em funcionamento, muitos dos quais foram desenvolvidos há anos e carecem de documentação atualizada, é um trabalho minucioso e arriscado. Além disso, falhas nessas alterações podem comprometer não apenas a operação das instituições, mas também a confiança dos usuários nos sistemas financeiros.

Aqui, a tecnologia desponta como uma aliada indispensável. Soluções baseadas em Inteligência Artificial Generativa podem simplificar esse processo. Frameworks que identificam automaticamente códigos a serem ajustados, atualizam documentações e aprimoram os testes de segurança estão mostrando ser cruciais para mitigar os riscos dessa transição. É uma oportunidade de modernizar sistemas e aumentar a resiliência do setor financeiro.

Entretanto, é importante salientar que essa modernização não acontece da noite para o dia. Testes extensivos e implementações seguras demandam tempo e o prazo para adaptação está se aproximando rapidamente. Algumas instituições já iniciaram seus preparativos, o que é um exemplo positivo para o mercado.

Acredito que a discussão sobre o novo formato do CNPJ deve ir além da questão técnica. É também uma oportunidade para revisão das prioridades em termos de inovação e segurança digital. Se o desafio for encarado com a seriedade que merece, poderemos não apenas superar as dificuldades imediatas, mas também fortalecer as bases do sistema financeiro nacional para as próximas décadas.

Como setor, é preciso se fazer a pergunta: estamos preparados para essa evolução? Mais do que isso, estamos dispostos a transformar esse desafio em uma oportunidade de crescimento e modernização? A resposta a essas perguntas definirá o futuro das instituições financeiras no Brasil.

*Por Camille OCampo, diretor executivo da Capco.

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