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Foto: Agência Brasil
A PUCRS reuniu os alunos dos cursos de ciência da computação e de arquitetura e urbanismo para avaliar as dimensões das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul.
Segundo a universidade, a avaliação inclui os deslocamentos populacionais, as condições dos abrigos e as perspectivas futuras da crise climática.
O objetivo é analisar o espaço e as demandas para desenvolver alternativas para novas ocorrências, apresentando isso futuramente ao poder público.
Isso será feito por meio do Lodus, simulador criado por Gabriel Fonseca, doutorando em ciência da computação. A tecnologia simula situações possíveis que ainda não ocorreram, incluindo a dinâmica de movimentação das populações e seus perfis.
Através da ferramenta, também é possível estimar as necessidades de provisões por pessoa, necessidades de abrigos que precisam ser abertos e até simular a quantidade de pessoas nos abrigos.
“Fazemos projeções com base em dados reais e abertos, disponibilizados no site AbrigosRS, criado por voluntários, prevendo futuros que esperamos que não aconteçam. Quero ser otimista e dizer que nossas projeções estão sendo pessimistas”, ressalta Soraia Musse, professora responsável pelo projeto.
Os dados fornecidos pelo site também permitem que os pesquisadores realizem um trabalho de simulação de deslocamento, nos casos de pessoas que precisam ir para um abrigo ou mudar de local, por exemplo.
Os mais de 100 abrigos de Porto Alegre estão no mapa, com sua taxa de lotação indicada, e última data de atualização disponível.
Como parte do trabalho, o grupo também pensará em alternativas de acolhimento para quem não conseguir sair dos abrigos até o prazo de reabertura de atividades.
Nesta etapa, os pesquisadores de arquitetura e urbanismo também pensam em como adaptar construções para que sirvam ao propósito de receber centenas de pessoas.
Com isso, a ideia é criar um guia para construção de abrigos, contendo uma previsão de insumos necessários para a população.
Desde o início de maio, o Rio Grande do Sul tem sido atingido por chuvas que causaram enchentes e colocaram o estado em situação de calamidade pública. Até a última quarta-feira, 22, a região já somava 162 mortos e 68,3 mil pessoas vivendo em abrigos.