Wagner Tadeu. Foto: divulgação.
A Pure Storage adiou seus planos de fabricar no Brasil os sistemas de armazenamento da empresa.
A mudança de planos é um recuo do que a empresa anunciou no final de 2014, poucos meses após a chegada da marca no país, quando se disse que a meta era já ter fabricação local no primeiro semestre de 2015.
A decisão acontece em meio a um panorama de incerteza na economia brasileira, mas o country manager da empresa no Brasil, Wagner Tadeu, garante que os planos seguem de pé, e que a causa do atraso é um reajuste para que a fabricação local contemple uma a nova oferta de appliances, a linha M.
"Esta nova linha de produtos foi anunciada globalmente em junho e importamos os primeiros equipamentos para serem enviados até o final de agosto", destadou Tadeu.
De acordo com o executivo da Pure Storage, embora o momento econômico esteja de fato complicado, é de grande importância trazer a fabricação de seus produtos para o Brasil, plano que deve ser realizado até o fim do ano fiscal da empresa, em janeiro de 2016.
"Não faria sentido para nós querer entregar preço e agilidade com os nossos produtos sem uma estratégia de fabricação local. No momento estamos avaliando o cenário e vamos investir no momento certo", amenizou Tadeu.
O plano da companhia é manter índices de crescimento sintonizados com o mercado norte-americano, em uma média de 50% por trimestre. No exterior a companhia já integra o quadrante mágico do Gartner no segmento de all-flash arrays, sendo avaliada atualmente em US$ 3 bilhões.
Ao colocar em espera a sua intenção de fabricar produtos no país, a empresa pode ter problemas para competir com outras empresas do segmento, como EMC, Dell e HP, que tem operações de manufatura locais.
Depois de aportar no Brasil no ano ado, a Pure Storage iniciou 2015 com uma estratégia agressiva de marketing e vendas para ocupar o mercado local, um projeto que pode ser afetado com a não-fabricação no país, somada ao alto valor do dólar.