
Onda de desvalorização do real ajudou a derrubar resultados da Sonda. Foto: Pexels.
A receita da Sonda no Brasil caiu 21,3% em 2020, ficando em 204,1 milhões de pesos chilenos, cerca de US$ 287 milhões.
Metade da queda tem que ver com a desvalorização do real brasileiro, que ficou na 6ª posição entre as moedas que tiveram a maior desvalorização, com uma perda de valor de 22,4%, segundo dados da Austin Rating.
A Sonda tem capital aberto no Chile e reporta seus resultados na moeda local. Sem a variação da moeda brasileira no período, a queda no faturamento teria sido de 10,1%.
No detalhamento dos resultados, as áreas com pior desempenho no Brasil foram o negócio de aplicações, com queda de 38% e 19,3%, ambas em moeda constante.
A Sonda cresceu no Brasil em 2019, quando teve no país um um faturamento de US$ 329,1 milhões, o que representou uma alta de 5,2% frente aos resultados de 2018, em dólares. Se o resultado fosse medido em reais, o aumento teria sido de 11,9%.
Por outro lado, essa cifra está longe do resultado de 2015, quando o faturamento foi US$ 484,2 milhões, já então uma queda de 10,3% frente a 2014.
No total, a receita da Sonda em 2020 caiu 7,8%, ficando em US$ 1 bilhão. No valor em moeda constante, a queda seria de 5,9%, o que mostra que foi mesmo o Brasil que puxou o desempenho para baixo.
O resultado da operação brasileira foi o pior entre as que são informadas no relatório de resultados da empresa.
O Chile, onde a companhia obtém metade da sua receita, teve uma leve queda de 0,6%.
O México teve queda de 17,4% e de 3,4% no resto de países nos quais a empresa atua, um grupo que reúne Argentina, Colômbia, Costa Rica, Equador, Peru, Panamá e Uruguai. Mas ambos juntos ainda são menores do que a operação brasileira.