
O ministro Guido Mantega no anúncio de corte do orçamento.Foto: Renato Araújo/ABr
O governo federal anunciou nesta quarta-feira, 09, um corte recorde de R$ 50 bilhões no orçamento federal de 2011.
O corte equivale a 1,2% do PIB e, segundo o ministro da Fazenda Guido Mantega, foi necessário em função de o Congresso Nacional ter inflado as receitas e despesas em mais de R$ 20 bilhões na peça orçamentária deste ano.
Antes de 2011, o maior bloqueio anunciado no orçamento federal havia ocorrido no início de 2010, quando R$ 21,8 bilhões (0,63% do PIB no início daquele ano) foram contingenciados.
Ao longo do ano ado, o governo cortou mais R$ 10 bilhões do orçamento, mas também liberou cerca de R$ 23 bilhões dos valores bloqueados.
Em 2011, porém, Mantega já garantiu que não há intenção do governo em reverter os cortes.
Conforme o ministro, o governo vai reverter todos os estímulos que fez para a economia brasileira entre 2009 e 2010 por conta da crise financeira internacional.
“Nos últimos anos, o governo fez desonerações, concedeu subsídios e aumentou seus gastos. O país saiu rapidamente da crise e hoje está com a economia crescendo, com demanda forte. E já estamos retirando esses incentivos", declarou Mantega.
Nos programas sociais não haverá mudança, segundo o ministro.
O ministro acrescentou que a estratégia visa a permitir a queda da taxa de juros, atualmente em 11,25% ao ano, mas não deu data para isso.
"Quando for o momento, não agora com a inflação neste patamar, mas quando for oportuno, o BC fará a redução de juros”, afirmou Mantega.